Nesta segunda-feira (10/05), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientou suspender a aplicação da Oxford/AstraZeneca em mulheres grávidas. A decisão foi tomada após a morte suspeita de uma gestante que recebeu o imunizante. O caso ocorreu no Rio de Janeiro, mas ainda não há provas sobre a relação entre o imunizante e o óbito.

Após a divulgação do caso, a Anvisa divulgou uma nota técnica com a suspensão imediata do uso da vacina contra covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz, mas sem informar possíveis reações adversas identificadas entre as grávidas no Brasil após a vacinação. A indicação da agência é que  Programa Nacional de Imunização (PNI) siga a bula da AstraZeneca, que não recomenda o medicamento para mulheres grávidas sem orientação médica. De acordo com a instrução do fabricante, os dados ainda são limitados sobre o uso da vacina contra a covid-19 nesse público específico.

O Ministério da Saúde informou que foi notificado pelas secretarias de Saúde Municipal e Estadual do Rio de Janeiro e investiga o caso. “Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19. Neste momento, a pasta recomenda a manutenção da vacinação de gestantes, mas reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades”, disse a nota do órgão.

De acordo com orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina só pode ser aplicada em grávidas se os riscos da covid-19 superarem os riscos potenciais do imunizante.Nesses casos, estão as profissionais de saúde grávidas, que correm alto risco de exposição ao vírus, e gestantes com comorbidades, que possuem maior risco de desenvolver uma forma grave da doença.

O jornal Estadão também fez uma matéria a respeito do caso e noticiou que 16 estados e o Distrito Federal decidiram interromper o uso da vacina Oxford/AstraZeneca em gestantes após recomendação da Anvisa.  São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Tocantins, Distrito Federal, Pernambuco, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Paraíba, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Roraima suspenderam a aplicação do imunizante. Em alguns locais, as gestantes continuarão sendo imunizadas com a vacina da Pfizer e Coronavac, conforme disponibilidade.

Fontes: Anvisa, G1, Correio, Estadão, Super Interessante e Folha de S. Paulo.
Foto: Gov/BA