Em Conquista, só 32% das candidaturas à Câmara Municipal são mulheres

No Brasil, há 77 milhões de mulheres votantes, o que representa 52,5% da população.  Entretanto, mesmo sendo maioria, são os homens que tem o maior porcentual nos cargos eletivos, com 70% 9 de outubro de 2020 Waldirene Amaral

Entre os 440 candidatos ao parlamento municipal de Vitória da Conquista em 2020, 143 são mulheres, um quantitativo de 32% de representação feminina nesta eleição, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia . Ademais,  essa participação é somente um pouco maior que a mínima exigida pela Lei Eleitoral, que é de 30% por gênero.

No Brasil, há 77 milhões de mulheres votantes, o que representa 52,5% da população.  Entretanto, mesmo sendo maioria, são os homens que tem o maior porcentual nos cargos eletivos, com 70%. Além de o gênero feminino ficar nas porcentagens mínimas, elas têm dificuldade em conseguir ser eleitas. Na última eleições municipais 31,9% das candidatas, apenas 13,4% foram eleitas.

Consoante a isso, na Bahia o cenário é semelhante ao resto do país das 31,8% das candidaturas femininas, 12,3% foram eleitas, baseando-se aos dados do TRE. Em Vitória da Conquista, em 2016 foram eleitos 21 parlamentares, dos quais três apenas vagas foram ocupadas por mulheres. São elas: Lúcia Rocha(DEM), Nildma Ribeiro(PCdoB) e Viviane Sampaio(PT) . Em 2020, Dentre os sete nomes divulgados para a prefeitura em 2020, há apenas uma mulher concorrendo, Maris Stella Novaes (Rede) de 51 anos.

Foto: À esquerda tem Lucia Rocha, no meio Viviane Sampai  e à direita Nildma Ribeiro.

Porém, algumas mudanças podem trazer uma nova perspectiva neste ano. Em 2018, foi definido que 30% do Fundo Eleitoral terá que ser usado para as candidaturas femininas. Somado a isso, ocorreram alterações na Lei Eleitoral (n° 9504/1997) que aumentam o número de mulheres concorrendo este ano. Com o fim das coligações, os partidos tiveram que instituir a cota mínima por gênero que já estava estabelecida pela Lei, só que agora individualmente. Isso aumentou a possibilidade de mais representatividade feminina na política em 2020.

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