Abraji entra na Justiça para impedir Bolsonaro de bloquear jornalistas no Twitter

Desde setembro de 2020, 267 bloqueios foram realizados por autoridades públicas contra 135 jornalistas, sendo Bolsonaro responsável por 73 2 de agosto de 2021 Rebeca Spínola

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para impedir que o presidente da República, Jair Bolsonaro, continue a bloquear jornalistas no Twitter. Em levantamento realizado pela entidade, desde setembro de 2020, 267 bloqueios foram realizados por autoridades públicas contra 135 jornalistas, sendo Bolsonaro responsável por 73.

Em 29 de julho de 2021, o mandado de segurança coletivo impetrado pela Abraji foi direcionado à ministra Cármen Lúcia. O pedido solicita liminares sobre o cancelamento dos bloqueios já realizados pelo presidente contra  jornalistas, colunistas e comunicadores no microblog e também a proibição de novos bloqueios. No entanto, como o Supremo está em recesso, e a ação não foi julgada até sábado (31/07), ela deverá ser apreciada pela vice-presidente do STF, ministra Rosa Weber.

O argumento da Abraji é que Bolsonaro utiliza suas redes sociais como canal de comunicação com a população brasileira. Por conta do seu cargo e de suas decisões, tudo que faz é de interesse público e deve ter livre acesso, como é garantido pela Constituição Federal.

A ação da Abraji com o apoio da organização internacional de direitos humanos Media Defence é representada pelas advogadas Tais Borja Gasparian e Mônica Filgueiras da Silva Galvão, do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo. A organização fornece apoio jurídico a jornalistas, iniciativas de mídia independente e ativistas ameaçados por suas reportagens.

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