FENAJ realiza debate sobre violência contra jornalistas em evento no mês de agosto

A entidade também elaborou um Protocolo de Atuação, juntamente com os Sindicatos filiados, com medidas para combater situações de violência contra as profissionais da mídia 5 de agosto de 2021 Gabriel Goes

Com recorrentes agressões a jornalistas, ao longo do ano passado, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) intensificou as ações de prevenção a violência contra a categoria, no ano de 2021. No dia 21 de agosto, a partir das 9h, realiza o seminário “Violência contra Jornalistas: denunciar para combater e se proteger para evitar”.

O evento, que é gratuito, será online, via plataforma Zoom, com capacidade para 200 participantes, com a realização de duas mesas de debates, uma pela manhã, outra, à tarde. Das 9h às 12h, a discussão vai tratar sobre “O que caracteriza a violência contra jornalistas e por que denunciá-la?”, com participação da presidenta da Fenaj, Maria José Braga, e da pesquisadora Alice Baroni, da Universidade de Pádova (Itália).

Já no período da tarde, das 14h às 17h, será a vez do tema “Jornalistas: como denunciar a violência sofrida?”, com participação do vice-presidente da Fenaj, Paulo Zocchi, e a jornalista Bianca Santana, além dos representantes do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e da Comissão Especial de Defesa da Liberdade de Expressão do Conselho Federal da OAB.

O seminário conta com o apoio do Fundo de Direitos Humanos do Reino dos Países Baixos. O objetivo do projeto é monitorar o crescimento dos casos se violência contra jornalistas, a partir da coleta de dados pelos 31 Sindicatos de Jornalistas Filiados à Fenaj, para publicação e lançamento no Relatório de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil.Outros objetivos do projeto são: capacitação de jornalistas para promoverem denúncias sobre agressões e ataques virtuais contra a categoria.

Protocolo de atuação com Sindicatos 

O documento elaborado pela Fenaj, nomeado como Protocolo de Atuação, juntamente com os Sindicatos filiados, traz medidas que já são adotadas majoritariamente, mas são reforçadas com a intenção de dar mais efetividade às situações de casos que envolvam agressão aos trabalhadores da mídia.

De acordo com a presidenta da FENAJ, Maria José Braga, “infelizmente, os/as jornalistas brasileiros/as continuam sendo vítimas de agressões físicas e verbais, de tentativas de impedimento do exercício da profissão e de censura judicial”.

Em março deste ano, o Protocolo de Atuação da Fenaj e Sindicatos foi aprovado na reunião do Conselho de Representantes, uma das principais instâncias deliberativas da organização sindical da categoria. “Portanto, deixa de ser um documento da Diretoria da Fenaj e caracterizando-se como documento do conjunto do movimento sindical dos/das jornalistas brasileiros/as”, afirma Braga.

O documento leva medidas que devem se manter em observação por todos os Sindicatos, agrupados em quatro eixos: levantamento de informações; manifestações/denúncia pública; acolhimento/apoio à vítima; e acompanhamento dos casos. Os Sindicatos são, por exemplo, responsáveis pela busca de informações sobre cada caso de violência contra jornalistas ocorrido em sua base sindical.

“A Fenaj e os Sindicatos de Jornalistas, historicamente, vêm cumprindo o seu papel de defender a categoria, de denunciar as agressões ocorridas e de pressionar as autoridades competentes para que houvesse apuração dos casos”, diz o documento.

Imagem em destaque: Pixabay

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