Número de jornalistas sindicalizados bate recorde nos Estados Unidos  

Por meio dos sindicatos, os profissionais de mídia têm questionado a respeito dos seus empregos, salários, carga horária, condições de trabalho 23 de setembro de 2021 Bruno Bronze e Emily Chaves

No primeiro semestre de 2021, nos Estados Unidos, funcionários de 29 organizações jornalísticas solicitaram a filiação a sindicatos. No último ano,37 campanhas de representação sindical foram realizadas, um recorde nos últimos cinco anos, segundo a IJnet, site de publicações sobre jornalismo, o mercado e os jornalistas.

Por meio dos sindicatos, os profissionais de mídia têm questionado a respeito dos seus empregos, salários, carga horária, condições de trabalho, entre outros. A organização coletiva dos jornalistas facilita a identificação de problemas enfrentados no ambiente de trabalho e luta por seus direitos.

Segundo Jon Schleuss, presidente do NewsGuild, a maior associação de classe de profissionais de imprensa, os jornalistas estão fazendo isso porque se importam com os seus trabalhos, com os colegas e com o papel que desempenham na sociedade e na democracia.

De acordo com Scott Dance, repórter de meio ambiente no Baltimore Sun e líder da associação de trabalhadores do jornal, sindicalizar significa participar da tomada de decisões. “Possibilita opinar sobre as condições de trabalho e o seu salário.” Ele também afirmou que não é sempre que consegue, mas é um meio oficial para ser mais ouvido.

Além de ajudarem a exercer pressão por melhoria de salários, benefícios mais abrangentes ou melhores condições de trabalho, os sindicatos também protegem os funcionários de demissões sem justa causa. Um jornalista contratado por meio de contrato que prevê demissão injusta, ou seja, caso ele não seja sindicalizado, pode ser demitido por qualquer motivo que está dentro da lei, como relatar uma agenda que não agrade aos chefes. Por outro lado, trabalhadores sindicalizados são protegidos por seus direitos legítimos. Schleuss explicou que eles esperam poder concluir o trabalho de forma livre e independente, a fim de fornecer as melhores histórias e relatórios sem se preocuparem com retaliação de forças relacionadas.

Durante a pandemia, os sindicatos têm oferecido apoio aos profissionais da área jornalística. Importante ressaltar que quando as empresas de mídia anunciam demissões, fusões e dispensas, os sindicatos protegem os empregos. Apesar de mais de 15 mil jornalistas terem perdido seus empregos em 2020, a maioria dessas perdas não afetou trabalhadores sindicalizados, de acordo com Schleuss.

 

Fonte: IJNET.ORG

 

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