Anvisa autoriza uso emergencial de coquetel contra a Covid-19

O coquetel contém a combinação de dois remédios experimentais e não pode ser vendida em farmácia, o uso é restrito aos hospitais  21 de abril de 2021 Carolina Lapa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na terça-feira (20/04) o uso emergencial de um medicamento contra a Covid-19. Trata-se do coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2), dois remédios experimentais desenvolvidos pela farmacêutica brasileira Roche. Os remédios servem para bloquear a entrada do SARS-CoV-2 nas células. É o segundo medicamento aprovado pela agência, o primeiro foi o remdesivir, no início de março.

Estudos clínicos de fase 3 mostraram que o medicamento reduz em cerca de 70% o risco de hospitalização ou morte pela covid-19. O coquetel já foi aprovado para uso emergencial nos Estados Unidos, Canadá e Suiça. Também teve recomendação de uso pela agência europeia de medicamentos (EMA). No Brasil, seu uso está restrito ao tratamento.

Os medicamentos devem ser administrados juntos por infusão intravenosa em até 10 dias após o início dos sintomas e confirmação do diagnóstico da doença. No entanto, o uso é restrito a hospitais e a venda é proibida ao comércio.

O tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos, 12 anos ou mais com peso mínimo 40kg. Não é recomendado para pacientes graves e para prevenção da covid-19 e não substitui a vacinação. Para os pacientes graves, o seu uso não é recomendado, pois os anticorpos monoclonais, como casirivimabe e imdevimabe, podem estar associados a piora nos quadros clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com a covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica.

Fonte: G1/ Veja

Imagem em destaque: Pixabay

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