Conquista reúne milhares pessoas de pessoas contra Bolsonaro neste sábado (02)

No caminho, um motorista insatisfeito quis passar entre os manifestantes com seu carro, mas foi impedido, e bolsonaristas exaltados foram defender o presidente dos protestos 2 de outubro de 2021 Sara Dutra

Na manhã deste sábado (02/10), milhares de pessoas se reuniram no Centro Cultural Glauber Rocha e foram em passeata até o Centro da cidade em protesto contra Bolsonaro e a prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos. No caminho, um motorista insatisfeito quis passar entre os manifestantes com seu carro, mas foi impedido, e bolsonaristas exaltados foram defender o presidente dos protestos.

No início, a partir das 9h, na concentração no Centro de Cultura, estudantes, professores, trabalhadores em geral foram até o local e realizaram um ensaio de como seria o ato pelas ruas. Segundo a dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Márcia Lemos, as manifestações deste sábado pediam o impedimento do atual presidente, Jair Bolsonaro. “Porque ele representa o que há de mais atrasado na sociedade brasileira.”

Ainda na concentração, o vereador do município de Vitória da Conquista, Alexandre Xandó (PT), destacou os riscos de Bolsonaro à democracia brasileira. ” Não temos dúvidas, o governo Bolsonaro significa o retrocesso na vida das pessoas. Discussões que nós estávamos anos luz avançados, na perspectiva dos direitos humanos, da educação, da saúde. A gente está hoje falando se temos que tomar a vacina ou não, isso é um absurdo.”

Após a concentração, por volta das 10h30, os manifestantes seguiram pela Avenida Brumado, atravessaram a Avenida Integração, com os integrantes tomando o maior cuidado no trajeto para evitar qualquer acidente, e seguiram pela Avenida Régis Pacheco em passeata em direção a Estação Herzem Gusmão. Durante o ato, por meio do carro de som, várias falas de dirigentes de movimentos sociais foram realizadas pronunciando contra o governo Bolsonaro.

Durante a manifestação, pessoas contra o ato e pró-Bolsonaro se desentenderam. Na Avenida Régis Pacheco, na parte do cruzamento com a Avenida Crescêncio Silveira, alguns manifestantes se posicionaram para garantir a travessia dos demais sem o perigo dos carros atropelaram os demais. Nesta etapa, houve um momento tenso, quando um motorista de carro de passeio tentou passar entre os manifestantes, mas impedido.

Ao chegar na Estação Herzem Gusmão, os manifestantes também protestaram contra a prefeita Sheila Lemos. Os protestantes pediam que, além de passagem baixa, houvessem também melhorias nos ônibus e fiscalização da empresa proprietária dos coletivos que circulam na cidade atualmente.

Quando a passeata seguiu pela Rua Dois de Julho, bolsonaristas que estavam na sacada de suas casas começaram a discutir com os manifestantes, que logo responderam aos ataques. Após isso, os participantes da manifestação seguiram pelo Centro, passando pela Praça Barão do Rio Branco, Praça Tancredo Neves e Praça 9 de novembro.

As manifestações percorreram por quase todo o Centro e finalizaram na Praça 9 de Novembro, onde os participantes do ato pediram mais uma vez pediram pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. “É de extrema importância a gente estar na rua aqui hoje, a juventude principalmente, porque a gente precisa lutar pelo nosso futuro, e com o Governo Bolsonaro, a gente não tem perspectiva. A gente está sem emprego, a educação sucateada, a saúde a gente não precisa nem falar, a quantidade de mortos com a pandemia e fora a pandemia, porque esse governo representa o caos e a destruição”, disse Anita Mazzei, estudante e militante do movimento Juventude Revolução.

O ato foi convocado pelo Fórum Sindical e Popular, que conta com a participação de sindicatos (Adusb, Simmp, Sindicato dos Bancários, Sicotelba), movimentos sociais (Movimento Direito à Terra, Asterras, MST, Bloco do Poder Popular (PCB e seus coletivos CFCAM – Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro -, UJC – União da Juventude Comunista -, LGBTComunista e Unidade Classista), Frente Brasil Popular, CSP – Com Lutas, Cut), partidos políticos (PDB, PSOL, PT e PC do B) e população em geral. Este foi o sexto protesto organizado pelo movimento em Conquista.

Confira a cobertura das manifestações:

Fotos: Denilson Soares e Sara Dutra

 

 

 

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