Aluno de Medicina da Uesb que ofendeu docente pode sofrer processo administrativo

As ofensas aconteceram no dia 2 de junho durante reunião do Consepe 9 de junho de 2021 Ariane Longa

Nesta terça-feira (08/06), a presidência do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e o curso de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) publicaram notas sobre os ataques misóginos e machistas  sofridos pela professora Márcia Lemos, no último dia 2 de junho. O estudante de Medicina, que chamou a docente de “quenga” no chat da reunião do Conselho,  poderá sofrer processo administrativo disciplinar e penalidades. 

A presidência, na qual está o reitor da instituição, relembrou a ofensa feita à docente e pediu sinceras desculpas pelo ocorrido. O caso foi relatado pelo Avoador na última quinta (03). Segundo a nota, o ataque foi “uma tentativa de depreciar as posições acadêmicas defendidas pela conselheira, que, na verdade, expunha os posicionamentos debatidos e aprovados por sua plenária”. 

O Consepe, que reuniu materiais que documentam a reunião, irá encaminhá-los para a criação de “Processo Administrativo Disciplinar”,  que deverá apurar e, possivelmente, aplicar penalidade em função das ações cometidas. A nota destacou ainda que “o Regimento Geral da Uesb prevê penalidades para membros da comunidade universitária em função de  “desrespeito”,  “ofensa” ou “grave desacato” a “qualquer autoridade universitária ou a qualquer membro do corpo docente e técnico administrativo”.

O Colegiado do Curso de História e o Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) da Uesb também emitiu nota se solidarizando com a docente. “Consideramos inadmissíveis a misoginia e o machismo no contexto universitário e fora dele. Defendemos a Universidade pública, gratuita, de qualidade, democrática, socialmente referenciada, diversa e inclusiva”, destacou a nota.

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