Queiroga com covid-19 não significa que a vacina falhou

O ministro da saúde segue em quarentena por 14 dias antes de retornar ao Brasil 24 de setembro de 2021 Carolina Lapa

Apesar de ter tomado as duas doses da vacina contra a covid-19, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para a covid-19, segundo a Secretaria Especial de Comunicação Social (SECOM) na noite de terça-feira (21). Com isso, a dúvida sobre a eficácia da vacina voltou a circular nas redes sociais, já que o presidente Jair Bolsonaro, que não tomou a vacina, não contraiu o vírus.               

Segundo o imunologista PhD pela USP (Universidade de São Paulo), Gustavo Cabral, em sua coluna VivaBem, do site Uol, “as imunizações contra a covid-19 não evitam que a pessoa contraia o coronavírus, mas, sim, reduzem o risco de o indivíduo casos graves de covid, que exigem hospitalização e causam mortes”.  

Queiroga, que estava na comitiva que acompanhava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na 76ª Assembleia Geral da ONU (Organizações das Nações), agora faz quarentena em Nova York, nos Estados Unidos.                                                                                             

Ele disse que está bem (apresentou sintomas leves da doença) e esclareceu que durante toda a comitiva, usou máscara. Devido ao caso de covid-19, houve uma decisão do Itamaraty de suspender a presença de todos os diplomatas brasileiros de todas as reuniões que ocorreriam na ONU até esta sexta-feira. Em sua rede social Twitter, comunicou que ficará em quarentena nos EUA por 14 dias, antes de retornar ao Brasil, seguindo todos os protocolos de saúde.

A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também contraiu o vírus mesmo estando imunizada. Mas, com o vírus circulando, assim como quem não recebeu nenhuma dose, há risco de ser infectado. A diferença está em como o organismo de alguém como ele, já imunizado, é atingido pela doença. 

Um estudo da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), mostra que pessoas completamente vacinadas representaram somente 3,68% das mortes por covid-19 que ocorreram no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho. Por isso, o imunologista explicou que não faz sentido culpar a vacina ou levantar a suspeita de que ela não funciona quando alguém completamente imunizado é infectado pelo coronavírus, como aconteceu com Queiroga.                                                                                                                 

Os especialistas advertem que todos devem continuar se cuidando com o distanciamento físico e o uso de máscaras, até que uma grande porcentagem da população esteja vacinada e a pandemia fique controlada, com números de casos e mortes bem baixos. O médico Drauzio Varella também já pronunciou e diz que as pessoas que tomaram a vacina não devem encarar a imunização como uma espécie de passe livre, é preciso ainda se cuidar.                                                                                                                                                                                              

Queiroga foi o segundo integrante da equipe presidencial a contrair o vírus nos Estados Unidos. Antes dele, um diplomata que foi enviado para preparar a viagem de Bolsonaro à ONU também recebeu resultado positivo para a Covid-19. Eduardo Bolsonaro, foi o terceiro integrante da comitiva brasileira a testar positivo para covid-19. A informação foi confirmada pelo deputado, que já está no Brasil nesta sexta-feira, e através das redes sociais, ele diz estar bem. Outros membros do governo, como o presidente (que está no Palácio da Alvorada), estão em isolamento.

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