Protesto #ForaBolsonaro leva centenas de pessoas às ruas de Conquista e Itapetinga

Centenas de pessoas com máscaras foram às ruas reivindicar o impeachment do Bolsonaro, a ampliação da vacinação contra a covid-19, a manutenção do Auxílio Emergencial de R$600,00, políticas de enfrentamento ao desemprego e o fim dos cortes das verbas das universidades públicas 1 de junho de 2021 Avoador (Felipe Ribeiro) e Revista Gambiara (Erick Gomes )

A manhã do último sábado (29/05) foi marcada pelo protesto #ForaBolsonaro na região Sudoeste da Bahia, especialmente nas cidades de Vitória da Conquista e Itapetinga.  Centenas de pessoas usando máscaras foram às ruas para reivindicar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, a ampliação da vacinação contra a covid-19, a manutenção do Auxílio Emergencial de R$600,00, políticas de enfrentamento ao desemprego e o fim dos cortes das verbas das universidades públicas.

Em Conquista, a concentração de centenas de manifestantes começou às 9h, na Praça 9 de Novembro, também conhecida como Praça do Acarajé. Estiveram presentes professores, sindicalistas, ativistas e trabalhadores em geral. De acordo com o presidente da Adusb (Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), Alexandre Galvão,  a manifestação de protesto #ForaBolsonaro está sendo organizada em todo o Brasil e sua importância é mostrar para povo brasileiro que é preciso tirar o governo genocida. “O povo brasileiro não vai aceitar essa política genocida do governo Bolsonaro. Não vamos aceitar, e estamos mostrando que o presidente é pior que o vírus da covid-19. Por isso vamos começar a ocupar as ruas e mostrar a nossa resistência.”

Além de esclarecer a população sobre os posicionamentos do presidente durante o enfrentamento da pandemia da covid-19, foram distribuídas no evento máscaras PFF2 e folders que destacavam a importância de participar de movimentos populares contra o atual governo. O vereador Alexandre Xandó (PT) salientou a preocupação dos organizadores do ato #ForaBolsonaro, movimentos sociais e sindicatos, com as medidas de proteção para evitar contágio e propagação do vírus. “A gente fez uma vakinha antes, compramos máscaras, PFF2 e N95, que são as mais seguras, que estão sendo distribuídas, tem álcool gel sendo distribuído, tem sido buscado o tempo todo conscientizar as pessoas sobre o distanciamento e a importância da manifestação.”

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A professora de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Márcia Lemos, destacou a diversidade de movimentos participando do protesto. “Nós tivemos aqui sindicatos, movimentos sociais organizados, movimento de homens e mulheres negras, movimento sem terra, tivemos também a presença de coletivos feministas, LGBTs, negros. Essas representações são a expressão da massa da população que mais sofre com a pandemia.”

Na ocasião, alguns manifestantes lembraram que médicos de Conquista tem receitado cloroquina para o tratamento da covid-19, além da falta de doses para vacinação no município e da não realização de um lockdown eficiente para evitar a exposição dos conquistenses ao vírus.

Além do Centro da cidade, na sede do campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Conquista, houve um protesto do movimento estudantil contra o desmonte das universidades federais, os cortes de investimento na educação e pela vacinação para todos. “A educação pública pede socorro. Bolsonaro a cada dia avança com o seu projeto de destruição e sucateamento das universidades federais. É inadmissível que no ano de 2021 o orçamento dessas instituições seja semelhante ao de 2004, demonstrando o imenso retrocesso que é esse (des)governo”, disse o integrante do Centro Acadêmico de Nutrição da UFBA, André Dias Araújo.

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Itapetinga

O protesto #ForaBolsonaro realizado em Itapetinga, no 29 de maio, começou na Praça Dairy Walley e terminou na Central de Abastecimento. O ato foi organizado por sindicados, como a Associação dos Docentes da Universidade Estaduais do Sudoeste da Bahia (Adusb), movimentos sociais, políticos e contou com a adesão da população da cidade.

A professora da Uesb, campus da cidade, uma das organizadoras do ato, Simone Gualberto, destacou a importância da mobilização. “É importante que a população se mova, ela faça as coisas acontecerem porque, só com o povo na rua, com o povo mobilizado que nós vamos conseguir mudar a realidade do nosso país.”

Outro organizador,  Erotildes Menezes, fez questão de enfatizar que o protesto não era só uma questão de política, mas uma questão social, humanitária. “Tem gente morrendo de fome e tem gente morrendo de covid”, destacou um dos idealizadores da manifestação em Itapetinga.” Pedro Soares, que também atuou para mobilizar as pessoas em Itapetinga, salientou a força das novas gerações na política. “A juventude precisa estar junta lutando por um direito que é nosso, um direito fundamental, que é a vida, que é a educação, e é por isso que eu convido e convidei todos os jovens para esse movimento, para que nós possamos lutar por um Brasil mais justo e mais igualitário para nós, para os professores.”

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