Eleições 2018: conheça oito candidatos à vice-presidência do Brasil

Antes de votar numa chapa, é preciso conhecê-la por inteiro, além dos programas de governo, é importante saber quem é a segunda opção para assumir a presidência 30 de setembro de 2018 Victória Lôbo

Após o impeachment em 2016, quem assumiu a presidência do Brasil foi o vice-presidente de Dilma Rousseff, Michel Temer. O segundo desde a redemocratização, o primeiro foi realizado contra Fernando Collor, quando assumiu o também vice Itamar Franco. Depois de duas experiências, conhecer o vice tornou-se tão importante quanto o candidato principal à presidência, que acaba ganhando mais atenção.

Antes de eleger uma chapa, busque conhecer, por exemplo, a qual partido esse vice pertence, qual visão têm sobre a política brasileira e seus posicionamentos sobre temas atuais. Além disso, entender como ele pode agregar politicamente ao governante com quem está na chapa. Estudar isso faz com que o seu voto seja consciente. o Avoador preparou um perfil dos vice-candidatos das chapas com maiores percentuais de votos nas últimas pesquisas eleitorais. Confira:

 

Ana Amélia Lemos (PP), vice de Geraldo Alckmin (PSDB)

Conhecida por suas opiniões antipetistas, Ana Amélia Lemos foi eleita como senadora pelo Rio Grande do Sul em 2010. Jornalista, Lemos era comentarista na RBS (Rede Brasil Sul), afiliada da Rede Globo. Alckmin disse que Ana Amélia, de 73 anos, é a vice perfeita para ele. Ela dialoga com as mulheres que apoiam a direita brasileira. Ana Amélia Lemos pertence à bancada ruralista e declarou apoio à reforma previdenciária.

 

Antonio Hamilton Mourão (PRTB), vice de Jair Bolsonaro (PSL)

Reservista do exército, o gaúcho Mourão, foi protagonista de inúmeras polêmicas por causa dos seus relatos, assim como seu parceiro de chapa. Recentemente, o candidato disse ser contra o 13º salário. O ex-militar foi exonerado da liderança do Comando Militar do Sul quando exaltou a figura do coronel Ustra, torturador do regime militar. Todos os cargos assumidos pelo gaúcho de 64 anos foram no exército.

 

Christian Lohbauer (Novo), vice de João Amoêdo (Novo)

Professor de Relações Internacionais na USP (Universidade de São Paulo), Christian Lohbauer é mestre e doutor em Ciência Política pela mesma instituição. Lohbauer é ex-diretor de assuntos corporativos na Bayer Brasil. Antes de aceitar fazer parte de chapa de Amoêdo, Christian estava como pré-candidato a Senador, e ele não havia se candidatado nem assumido nenhum cargo político anteriormente.

 

Eduardo Jorge (PV), vice de Marina Silva (REDE)

O soteropolitano Eduardo Jorge tem 68 anos e uma longa história na participação política. Jorge atuou em movimentos estudantis no período ditatorial e fez parte do Partido dos Trabalhadores (PT). No PV, Eduardo Jorge foi candidato à presidência nas eleições de 2014, é ex-deputado federal e já foi secretário Municipal de Saúde e Meio ambiente em São Paulo, na gestão de Marta Suplicy. O candidato diz ser contrário ao posicionamento de Marina Silva sobre aborto e é a favor do vegetarianismo.

 

Germano Rigotto (MDB), vice de Henrique Meirelles (MDB)

A primeira atuação política de Rigotto foi como vereador do seu município natal, Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Germano foi deputado estadual duas vezes, deputado federal três vezes e governou o Rio Grande do Sul entre os anos de 2003 e 2006. Rigotto é um dos defensores da privatização das empresas estatais.

 

Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes (PDT)

Kátia Abreu é senadora pelo estado de Tocantins e foi ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no governo de Dilma Rousseff. Abreu foi defensora da ex-presidenta quando estava ameaçada de impeachment e, por isso, foi expulsa do seu antigo partido, o MDB. Kátia Abreu nasceu em Goiânia e foi sindicalista rural, quando eleita como deputada, foi a primeira mulher a assumir a bancada ruralista no Congresso. Kátia Abreu já foi apelidada de “Miss Desmatamento” e “Motosserra de Ouro” pelos movimentos ambientalistas por causa das suas posturas em defesa  dos interesses ruralitas.

 

Manuela D’ávila (PC do B), vice de Fernando Haddad (PT)

Manuela D’ávila assumiu seu primeiro cargo político aos 23 anos, como vereadora de Porto Alegre e foi deputada federal entre 2007 e 2014. Aos 37 anos, concorre à vice-presidência. D’ávila era pré-candidata à presidência da república pelo seu partido, PC do B, antes de se juntar à chapa petista. A candidata se diz a favor do aborto e do casamento gay, posicionamentos que causam polêmica com a direita brasileira.

 

Sônia Guajajara (PSOL), vice de Guilherme Boulos (PSOL)

Sônia Guajajara é ativista indígena nascida no Maranhão, na Terra Indígena Arariboia. Guajajara é a primeira indígena a concorrer em uma chapa à presidência do Brasil. Sônia é graduada em Letras e em Enfermagem e pós-graduada em Educação Especial. Foi ela quem deu o título de “Motosserra de Ouro” para Kátia Abreu, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 2010.

Foto destacada: José Cruz/Agência Brasil

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