Evento discute a moradia como memória cultural da cidade

Estudantes de jornalismo produziram 15 materiais audiovisuais para compor o projeto 11 de outubro de 2024 Arthur Vitor

Na última quinta-feira (10/10), foi realizado o “Segundo Seminário Jornalismo, Cidade e Patrimônio Cultural” que compõem o projeto de pesquisa e extensão “Casas e Memórias: Parte III – EnCantos e EsPaços”. A atividade foi organizada pela professora e coordenadora do projeto, Mary Weinstein no Memorial Governador Régis Pacheco, localizado na Praça Tancredo Neves

A programação incluiu a exibição de 15 produtos audiovisuais, com 49 entrevistas gravadas com moradores que contaram suas experiências em seus lares, os materiais foram produções elaboradas pelos alunos. O encontro seguiu com um bate papo, com a participação de Ana Castilhano, Benedito Eugênio, Felippe Decrescenzo, José Ricardo e Marcus Assis que compartilharam as questões que permeiam a memória e a casa de acordo com suas formações profissionais e as suas experiências pessoais.

O professor e jornalista, Marcus Antônio relacionou a moradia com a questão democrática na cidade. “Afinal como podemos falar de uma cidade democrática, com uma parcela significativa da população não possui acesso aos direitos básicos para uma vida digna, incluindo o direito à moradia”.

A professora e psicóloga Ana Castilhano trouxe a suas memórias de infância e a humanização dos lares. A professora e psicóloga Ana Castilhano falou sobre suas memórias de infância e a humanização dos lares. “Em todo o mundo, edificação expressam significados humanos que são fundamentais”.

O professor e antropólogo José Ricardo falou sobre a cultura e os significados dos lares. “A casa como parte de um grande discurso, que é esse discurso da cultura do qual a gente faz parte, ela traz esses significados que ficam compostos e expressos nas próprias coisas”.

O professor e coordenador da pós-graduação em ensino Benedito Eugênio discutiu como o ambiente escolar como formador de memória. “A escola ela está em um lugar, em uma cidade e ela traz um conjunto de memórias” e experiências sejam positivas ou negativas.

O arquiteto Felippe Decrescenzo problematiza a ideia que a sociedade ainda tem sobre o conceito de patrimônio. “Eu já cansei de ouvir as pessoas dizerem que Conquista não tem um patrimônio a ser preservado, não tem valor, e isso vem de uma ideia muito equivocada e enraizada na própria constituição do campo, que o patrimônio é aquilo que é excepcional, monumental”.

O estudante Vitor Barboza conta sua experiência de entrevistar sua tia e conta que a atividade abriu seus olhos para enxergar as memórias do passado da sua família. “A todo momento da entrevista, a gente ficava emocionado e ao mesmo tempo a gente tava rindo também, por que foi algo muito divertido de fazer”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *