Peça “Seria comédia, se não fosse ela!” faz a discussão sobre o assédio moral

Os atores principais foram Lorenilson Cabral, Adão Albuquerque e Márcia Sousa. 27 de fevereiro de 2024 Marco Ryan e Dyana Freire

Entre os dias 23 e 24 de fevereiro, a peça “Seria comédia, se não fosse ela!” levou mais de 450 pessoas ao Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista. A obra da companhia Cia. Aquário Teatro & Cinema teve como atores principais Lorenilson Cabral, Adão Albuquerque e Márcia Sousa.
Com 1h20, a trama narra a história de Clementina Maria, uma empregada doméstica que sonha em ser dançarina, e sua relação com seus patrões, Pedro Augusto e Maria Eugênia, que têm um relacionamento de matrimônio com desacordos sobre o tratamento à funcionária. Entre as discussões abordadas estavam os abusos psicológicos e relações tóxicas no ambiente de trabalho, vivenciados por Clementina Maria e causados por Maria Eugênia.
A empregada é desafiada e boicotada pela patroa, que é contra seu sonho de ser dançarina da cantora Anitta. Segundo o ator Lorenilson Cabral, a obra buscou passar o sofrimento da protagonista de forma descontraída. “É difícil abordar esse tema, tem uma carga emocional muito grande, por isso usamos da comédia, para levar ao público de forma leve. É importante levar essas discussões sobre assédio psicológico, tanto no local de trabalho, quanto no âmbito familiar.”
Já a artista Márcia Sousa, diz que sua a personagem, Maria Eugênia, é uma mulher amarga e insensível que no enredo faz o papel de vilã. “Chegar nela, (Maria Eugênia), é difícil, ela é pesada, doí fazer, eu sinto dor no corpo, nas articulações, porque você tem que fazer de verdade, ter raiva, ter ódio, criar esse sentimento não é fácil”, explica.

Pedro Augusto, personagem de Adão Albuquerque, o amigo de Clementina Maria, é aquele que a incentiva a enfrentar seus medos e buscar a realização do seu sonhos, o que leva a conflitos com sua esposa. Para o ator, apesar de ser uma comédia, o espetáculo aborda relações humanas e a importância de apoiar os outros. “Independente de sua função ou profissão, você precisa ajudar ao próximo, caminhar e prestar atenção ao outro.”

Para o estudante Weider Saraiva, o espetáculo tem um papel importante para a reflexão. “Nas entrelinhas, a gente percebe essa crítica social, que envolve as relações de gênero, raça, classe social e também tem esse drama psicológico”.

A Cia. Aquário informou que o espetáculo será reapresentado, a data será divulgada posteriormente.

 

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