Entre os dias 14 e 15 de outubro, aconteceu a nona edição do Festival Suíça Bahiana, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista, que inovou com a incorporação de uma intérprete nos shows. A programação diversificada e a doação de alimentos não perecíveis como entrada levou a lotação máxima do local nos dois dias de festa.

De acordo com organizador do evento, o produtor cultural Gilmar Dantas,  o evento buscou valorizar a música autoral, deu espaço a novos talentos, incorporou aos shows uma intérprete de Libras e democratizou o acesso à cultura à população em geral. “Uma novidade desse ano é a intérprete de Libras em todos os shows, é o primeiro evento que oferece esse serviço aqui em Vitória da Conquista, e a gente vê como uma obrigação.” 

Para a  profissional intérprete de Libras, Jaqueline França, essa inclusão de Libras em diferentes espaços é relevante em festivais de música, na educação, cultura ou até mesmo na saúde. “Os surdos também podem participar sentindo a vibração e a presença do tradutor intérprete que vai estar dando conexão ao sentido e também a visualização dos sinais.”

O evento também contou com um espaço voltado ao público infantil, com brinquedos e pinturas de rosto, com a artista Shirley Ferreira. Outro local disponível foi a Feira do Empreendedor, que possibilitou a venda de produtos do comércio local, como blusas, bottons, colares e produtos artesanais e de alimentação. Na estrutura havia ainda medidas sustentáveis, como a utilização de copos ecológicos, cardápio em QR Code e a reciclagem de materiais descartados pelo público pelos catadores do projeto “Mãos que reciclam”. As instituições públicas também estavam presentes,

como Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Sistema Municipal de Trânsito (Simtrans). 

Programação diversa 

No primeiro dia (14/10) do Festival, o DJ Bigbross abriu o evento, às 14h, após sua apresentação, foi a vez do Hotel Mambembe junto com Ìtalo Silva. Logo depois, na sequência vieram a banda Retrofoguetes, Nancy Viegas, DJ Tieta, Dona Iracema e a banda de rock alternativo e MPB, e Maglore finalizou a noite. 

No segundo dia(15/10), os shows ficaram por conta da Dj Paulinha Chernobyl junto ao Duo Finlandia. Em seguida, foram Gabriela Mello, Africania, Dj Lerry, Supremo e Eulá. Os shows foram finalizados com a indicada ao Grammy Latino, Rachel Reis. 

 Para a estudante Fernanda Vitória, que estava ansiosa pelo festival e reconheceu que não conhecia todas as atrações, mas que o evento a surpreendeu com as atrações, como a cantora Raquel Reis, Mc Supremo e o conjunto Africania, e a estrutura. “Eu já participei de outros eventos promovidos pelo Coletivo Suíça Bahiana, mas nunca tinha ido ao Festival em si. E ultrapassou as minhas expectativas, está muito organizado, música boa, gente bonita. Todo mundo envolvido em fazer um rolê bom.”