Lula é o novo Presidente do Brasil
30 de outubro de 2022 Rângel MendesLuiz Inácio Lula da Silva foi eleito com 60.345.999 votos, 50,90% do total dos votos válidos. Seu adversário Jair Messias Bolsonaro teve 58.206.354 votos, 49.10%. Ele assume a presidência do Brasil pela terceira vez. Foi eleito em 2002 e reeleito quatro anos depois, em 2006. Na época, saiu com uma aprovação de 80%, segundo pesquisa DataFolha da época.
Ele nasceu em Caetés, município localizado no agreste pernambucano, em 27 de outubro de 1945. Com 12 anos, conseguiu um trabalho em uma tinturaria. Quatro anos depois, ele teve sua carteira assinada pela primeira vez, e, em 1961, ingressou em um curso do Senai de tornearia mecânica, que encerrou em 1963. No ano seguinte, ele conseguiu um emprego em uma metalúrgica. Em 1975, Lula se tornou presidente de um sindicato de metalúrgicos no ABC paulista. Em 1982, ele se candidatou a governador do estado de São Paulo, mas não foi eleito. Em 1983, foi apresentada a Emenda Dante de Oliveira, que defendia o retorno do voto direto na eleição presidencial. Lula apoiou a emenda e engajou-se nas manifestações das Diretas Já.
Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo, sendo o candidato mais votado do Brasil. Em 1989, Lula se candidatou à eleição para a presidência do Brasil. Essa foi a primeira eleição presidencial do país pelo voto direto desde 1960. Nela, Lula foi derrotado no segundo turno por Fernando Collor de Mello. Lula ainda concorreu à presidência nas eleições de 1994 e 1998, e, nas duas ocasiões, foi derrotado no primeiro turno pelo candidato do PSDB Fernando Henrique Cardoso.
Em 2002, novamente Lula se candidatou à presidência e venceu no segundo turno, obtendo 61% dos votos válidos. Seu adversário, José Serra, teve 39% dos votos válidos. Em 2018 por meio de investigações da Polícia Federal na Operação Lava-jato e na Operação Zelotes. Lula foi acusado de lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio, corrupção passiva, entre outros. Em 7 de abril de 2018, Lula foi preso por julgamento perante o juiz Sérgio Moro e permaneceu em regime fechado por 580 dias.
Em 8 de novembro de 2018, foi emitida ordem judicial determinando a sua soltura porque o seu caso não havia sido transitado em julgado, isto é, as instâncias não estavam esgotadas. Em abril de 2021, o Supremo Tribunal Federal decidiu anular a condenação do ex-presidente realizada pelo juiz Sérgio Moro, que analisou as denúncias da Operação Lava-jato. Sérgio Moro foi considerado incompetente para julgar o caso. O STF também determinou que Moro havia sido parcial no julgamento em questão.