TRE realiza auditoria das urnas eletrônicas para as eleições municipais

Essa foi a segunda etapa de auditoria da urnas eletrônicas 3 de outubro de 2024 Kamile Cardoso

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE -BA), realizou na manhã desta quinta-feira (03/10), a sessão pública de auditoria das urnas eletrônicas no fórum eleitoral de Vitória da Conquista. Na auditoria foram testadas o funcionamento das urnas e a instalação dos pendrives com as informações dos candidatos a vereadores e prefeitos nestas eleições. Estavam presentes, jornalistas e uma advogada da candidata à reeleição Sheila Lemos (UB).

O juiz Rodrigo Britto, da 39ª Zona Eleitoral, ressaltou a importância das etapas que antecedem as eleições. Segundo ele, a geração de mídias representa a primeira fase, quando os pendrives são utilizados para armazenar dados dos candidatos. Já na segunda etapa realizada hoje, os pendrives são descarregados nas urnas com as informações vindas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Britto explicou que a etapa final envolve o transporte das urnas para as seções eleitorais, a organização dos mesários e coordenadores, além do recolhimento e totalização dos votos após o pleito. Ele destacou que a logística desse processo é um grande desafio, muitas vezes invisível para a população, e que um planejamento rigoroso, junto a uma série de procedimentos, é essencial para garantir que tudo ocorra de forma tranquila no dia da eleição.

Para o juiz, o uso crescente da tecnologia, especialmente no contexto das fake news e deepfakes, tem gerado desafios que podem comprometer o processo eleitoral. Diante dessa situação, o TSE está desenvolvendo ações, como o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação (CIEDDE), para combater esses atos, permitindo que candidatos e partidos recorram à Justiça.

Na auditoria, também foi abordada a segurança das urnas, que, segundo o TSE, possuem diversos mecanismos modernos de proteção para garantir a integridade e a autenticidade dos votos. De acordo com o técnico judiciário Jayme de Oliveira, a urna é um dos equipamentos eletrônicos mais seguros, pois não possui conexão com a internet. “Esses equipamentos não são fáceis de invadir. Para acessá-los, é necessário estar fisicamente presente, diferente de dispositivos como celulares, que podem ser hackeados remotamente”, explicou.

Segundo Jayme, as urnas são armazenadas até serem levadas para as seções eleitorais, o que dificulta a possibilidade de violação. Ele também explicou que as urnas são protegidas por lacres, que indicam claramente qualquer tentativa de violação. “Caso alguém tente romper o lacre, será possível detectar que a urna foi acessada, permitindo a identificação de invasões”, afirmou.

Para garantir a confiabilidade das urnas do ponto de vista tecnológico, os sistemas de informação são criptografados e assinados digitalmente, o que invalida a assinatura caso o conteúdo seja alterado. Isso permite verificar que os programas em funcionamento são os mesmos que foram auditados e aprovados pelo TSE.

As urnas também utilizam o hash, um código gerado por um algoritmo que transforma dados em uma sequência de bits, com o objetivo de garantir a integridade de um documento ou arquivo. Jayme afirmou que essa tecnologia torna as urnas ainda mais seguras, “se alguém tentar alterar um programa, o hash mudará, e o sistema não reconhecerá a alteração.” Ele também destacou que a urna, por si só, não impede que um eleitor vote duas vezes; essa garantia é dada pelo sistema.

As eleições municipais de 2024 ocorrerão em 06 de outubro, caso necessário, o segundo turno está marcado para o dia 27 de outubro.

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