278 jornalistas são vítimas fatais da covid-19 no Brasil
São Paulo lidera o ranking com 38 mortes, seguido do Rio de Janeiro (29), Pará (23), Paraná com 21 casos 11 de agosto de 2021 Bruno BronzeEm levantamento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) entre os meses de abril a julho deste ano, constatou-se que houve uma média de 28,4 mortes por mês de jornalistas, números próximos à marca do primeiro trimestre, 28,6 mortes/mês. Em 2020, a média mensal de abril a dezembro foi de 8,5 mortes.
O Brasil é o país com o maior número de jornalistas vítimas da covid-19. Desde o início da pandemia, foram 278 mortos, sendo 199 neste ano. Apuração realizada pela ONG Press Emblem Compaign (PEC) mostra que, no mesmo período, a Índia registrou 267 vítimas fatais, que tem uma população de mais de um bilhão de habitantes. No Brasil, São Paulo lidera o ranking com 38 mortes, seguido do Rio de Janeiro (29), Pará (23), Paraná com 21 casos.
Apesar disso, o dado positivo é que o número de vítimas fatais entre os jornalistas começou a cair a partir de maio e em julho, quando foram apurados 17 casos. “É necessário, entretanto, aguardar os próximos meses para verificarmos se essa tendência de queda se consolida”, afirma o diretor da Fenaj, Norian Segatto, responsável pelo Dossiê.
Para Segatto, a queda no número de mortes tem relação direta com a vacinação da população e segue tendência nacional. No caso dos jornalistas, a Fenaje os Sindicatos filiados fizeram campanhas a fim de incluir a categoria no grupo prioritário para vacinação. Alguns estados e municípios assentiram em colocar os jornalistas na categoria que estava na linha de frente no combate à pandemia e atenderam ao pedido.
Segundo a presidenta da Fenaj, Maria José Braga, é com profundo pesar que a entidade cumpre o dever de comunicar o número de vítimas fatais. “Fazemos a divulgação como alerta e como homenagem aos jornalistas que perderam a vida porque estavam trabalhando, cumprindo seu importante papel social.” Ela ainda ressalta a importância da imunização da categoria e da manutenção de medidas sanitárias, como o distanciamento social, para a proteção da saúde dos jornalistas e a consequente consolidação da tendência de queda no número de casos de contaminação e de morte.
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