Estudante do curso de Jornalismo discute a lesbianidade no livro reportagem “Mulheres que amam mulheres”
Orientada pelo professor Marcus Lima, ela tirou a nota máxima, 10, na defesa do Trabalho de Conclusão de Curso 13 de dezembro de 2023 Rafaella Leite e Vitor BarbozaNesta quarta-feira (13/12), aconteceu no Salão do Júri da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Ana Carolina Oliveira Bastos. Ela apresentou o livro-reportagem “Mulheres que amam mulheres: Como a heteronormatividade afeta suas vidas e relações”, orientado pelo professor Marcus Lima.
Segundo a estudante, o produto busca dar visibilidade às mulheres lésbicas, que ainda sofrem com a escassez de pesquisas e discussões científicas voltadas à análise de como a heteronormatividade. A obra narra os estigmas sociais enfrentados pela comunidade lésbica no cotidiano por meio da autobiografia de Ana Carolina e das histórias de mais duas mulheres, que contam seus processos de descobrimento e aceitação.
A banca avaliadora foi formada pelo professor Marcus Lima, pela coordenadora e professora do curso de Jornalismo, Carmen Carvalho, e pela pró-reitora de Ações Afirmativas, Permanência e Assistência Estudantil (Proapa), Adriana Amorim. Na apresentação do TCC, a estudante explicou a produção do livro-reportagem e vivências pelas quais passou enquanto lésbica no âmbito familiar e social. Também destacou o quanto o ingresso na universidade e os desafios enfrentados durante os primeiros semestres como mãe de um menino de oito meses contribuíram para a assumir orientação sexual como lésbica e assumir a responsabilidade sob seu destino.
Durante as considerações finais da banca, Marcus Lima parabenizou o trabalho de Ana Carolina e ressaltou a pertinência social representada na produção acadêmica desenvolvida. “Esse livro é ainda mais relevante, pois para a mulher lésbica é mais difícil”. A coordenadora e convidada para compor a mesa, Carmen Carvalho, relembrou a entrada da estudante no curso e elogiou sua persistência, apesar das dificuldades enfrentadas durante a graduação. “Você decidiu estudar, isso é muito importante para você ser uma mulher independente, para você se formar e se constituir para realizar um trabalho desse.”
Adriana Amorim não pôde estar presente na banca e enviou a avaliação escrita ao orientador do projeto, Marcus Lima. A pró-reitora pontuou algumas modificações no referencial teórico do memorial, mas também apontou pontos positivos. “Ana Carolina cria empatia imediata em quem lê ao apresentar seu passado.” A ocasião foi encerrada com a leitura da ata de apreciação, na qual foi definida a pontuação após a avaliação da banca. O livro-reportagem de Ana Carolina Bastos, alcançou a nota máxima, totalizando 10 pontos.