Os estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Sudoeste Bahia (Uesb), Denilson Soares (Ednilson) e Tainá Aleixo, e os jornalistas que passaram pela instituição, Genílzia Pires, tiveram trabalhos premiados na segunda edição do Prêmio de Jornalismo da Abapa (Associação Baiana dos produtores de Algodão). A solenidade de entrega das premiações aconteceu dia 29 de novembro, na Casa do Comércio, em Salvador, e contou com um público de mais de 200 pessoas, entre participantes e organizadores, além de profissionais da mídia.

Denilson Soares (Ednilson) e Tainá Aleixo foram premiados em segundo lugar na modalidade Jovem Talento, na categoria vídeo, com a Telereportagem “A participação da mulher no agronegócio e na produção do algodão”. O trabalho foi orientado pelo professor do curso de Jornalismo, Dannilo Duarte. O prêmio foi no valor de R$.6000,00, sendo R$3.000,00 para o docente e o restante para os dois estudantes.

Para os estudantes, a premiação é uma maneira de demonstrar a qualidade do ensino superior realizado no interior da Bahia, que é público e gratuito. “A gente ama a Uesb, e contribuir de alguma forma para elevar o nome da universidade é um sentimento gratificante, além de demonstrar a importância do jornalismo na atualidade”, disse Tainá. “Eu aprendi muito ao conhecer o trabalho da Abapa, ir até Luís Eduardo Magalhães e ao fazer essa telereportagem, e isso só foi possível porque estou na universidade”, enfatizou o colega.

Já o professor e orientador dos alunos, Danillo Duarte, ponderou sobre o quanto a premiação ratifica a qualidade do ensino na Uesb. “O prêmio é importante na medida que posiciona o curso de Jornalismo muito bem para a sociedade e para o mercado”, disse. “Essa iniciativa é importante na medida que reconhece a importância do jornalismo e premia o papel do jornalismo nesse processo de divulgação de informações, produção de conteúdo, qualificado.”

A telereportagem dos estudantes, apresentou o trabalho desenvolvido pelas mulheres na produção de algodão. A ideia surgiu quando visitaram Luís Eduardo e assistiram as palestras na Abapa. “Buscamos demonstrar a importância da mulher no agronegócio, dando visibilidade e mostrando como elas têm ganhado espaço no setor, ocupando cargos de gestão, direção, vice-presidência e de operação de máquinas”, explicou Denilson.

Já Afonso Moreira e Genílzia Pires, venceram na modalidade Internet, com a matéria “Produtores de algodão da Bahia investem em educação e capacitação profissional gratuita de mão de obra para o campo”. Eles concorreram na categoria Profissional pelo veículo de comunicação LEM Notícias, que é de Luis Eduardo Magalhães, e receberam o prêmio no valor de R$15.000,00.

Para a reportagem vencedora, os jornalistas colocam em prática o jornalismo de solução, aquele que mostra um problema e sua resolução. “Na matéria, a gente trabalha muito nessa perspectiva, que é apresentar um problema, no caso a falta de capacitação profissional e do analfabetismo na Bahia, que são problemas estruturais, e a solução encontrada. E aí a matéria mostra como os produtores de algodão estão resolvendo essa questão, já que eles precisam de pessoas qualificadas para trabalhar em uma série de funções, como os operadores de máquina, por meio da capacitação profissional”, explicou Afonso.

O jornalista ainda também enfatizou a importância da valorização do jornalismo local que o prêmio Abapa promoveu. “É um importante reconhecimento do jornalismo local feito de forma independente e colaborativa. Mas não só isso, o prêmio também valoriza o nosso trabalho e nos incentiva a continuar acreditando que é possível atuar profissionalmente fora das grandes redações.”

Prêmio Abapa

A ABAPA realiza o evento desde 2019. O prêmio tem como objetivo o respeito aos profissionais de comunicação e é um convite aos estudantes e novos talentos para voltarem o olhar ao campo e ver as múltiplas abordagens temáticas e possibilidades que ele oferece. Em 2022, participaram mais de 70 estudantes de seis universidades convidadas para conhecer o cultivo de algodão e assistir o ciclo de palestras sobre a cotonicultura em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, entre as universidades convidadas estava a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Uesb, que participou do prêmio pela primeira vez.

O prêmio Abapa de Jornalismo é dividido em duas categorias: a profissional com várias modalidades e a Jovem talento, com a modalidade escrita e em vídeo, o foco dessas produções este anos foi a “cotonicultura do estado da Bahia”. A categoria profissional em cada lugar ganhou 15 mil reais, na categoria jovem talento o primeiro lugar ganhou 4 mil reais, o segundo lugar ganhou 3 mil e o terceiro 2 mil, com a novidade deste ano em que os orientadores também eram premiados caso seu orientando fosse ganhador em qualquer colocação. Foram no total 81 mil reais em prêmios, sendo R$36 mil para professores e estudantes da categoria Jovem Talento e R$45 mil para a categoria Profissional. Conheça a lista completa dos vencedores.

Os vencedores foram anunciados pelo presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, ao lado da jornalista Georgina Maynart que presidiu a premiação. Na ocasião, Bergamaschi destacou a importância de manter uma boa relação com o jornalismo. “Este acordo tácito entre fonte e jornalistas é fundamental para as duas partes, e nós queremos fomentá-lo cada vez mais.”