Neste sábado (21/08), a partir das 9h, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) realiza o seminário “Violência contra Jornalistas: denunciar para combater e se proteger para evitar”. As inscrições já estão encerradas, pois o número máximo de 200 participantes já foi atingido.

De acordo com a entidade, o objetivo do evento, que tem o apoio do Fundo de Direitos Humanos dos Países Baixos, é capacitar jornalistas para enfrentarem a violência crescente contra a categoria no Brasil, especialmente em relação às mulheres.

Em 2020, aconteceram 428 casos de violência contra jornalistas, incluindo dois assassinatos, no Brasil, quase mais de uma ocorrência por dia. Foi o ano mais perigoso para o exercício do jornalismo no país desde o início da série histórica do Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa, documento elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) desde a década de 1990.

Às ameaças e intimidações (7,94% do total), somaram-se agressões verbais/ataques virtuais (17,76%), censuras (19,86%), cerceamento à liberdade de expressão por meio de ações judiciais (3,74%) e uma nova categoria, intitulada descredibilização da imprensa (35,51%), entre outras formas de violação do trabalho dos jornalistas.

O seminário, que será fechado aos participantes por meio da plataforma do Zoom, terá duas mesas de debate, uma pela manhã e outra na parte da tarde. No período matutino, contará com a presença de Alice Baroni, da Universidade de Pádova, na Itália; da presidenta da Fenaj, Maria José Braga; e do presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos, Yuri Costa, que tratarão do tema: “Violência contra jornalistas: como, onde e porque denunciar”. À tarde, os debatedores serão o vice-presidente da Fenaj, Paulo Zocchi, as jornalistas Bianca Santana e Schirlei Alves e o advogado Pedro Barros Dávila, com o tema: “Jornalistas: como denunciar a violência sofrida?”.

Foto/Reprodução: Engin Akyurt e Fenaj