Morre aos 82 anos o fotógrafo Sebastião Salgado

Ele foi o fundador do Instituto Terra juntamente com sua esposa Lélia Wanick 23 de maio de 2025 Lázaro Oliveira

Natural de Minas Gerais, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, de 82 anos, morreu nesta sexta-feira (23/05) em Paris. Salgado deixa uma obra fotográfica de repercussão internacional.

No final da manhã desta sexta-feira (23), o Instituto Terra, fundado por ele e sua esposa, Lélia Wanick, confirmou a morte do fotógrafo. A família de Salgado divulgou uma nota comunicando o falecimento e a causa da morte.
“É com grande tristeza que comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado”.

Durante mais de cinco décadas, Sebastião e sua companheira Lélia Wanick Salgado, construíram uma obras fotográficas inigualável, com um conteúdo humanista e um olhar sensível sobre as populações mais desfavorecidas e os problemas ambientais que ameaçam nosso planeta. Ele fundou com Lélia o Instituto Terra, uma organização de reflorestamento em Aimorés, no estado de Minas Gerais (Brasil), que já plantou mais de três milhões de árvores.

A nota da família ainda enfatizou que por meio “das lentes de sua câmera, Sebastião lutou incansavelmente por um mundo mais justo, mais humano e mais ecológico.

Segundo a família, Salgado contraiu uma forma particular de malária em 2010 na Indonésia, como parte de seu projeto Gênesis. Quinze anos depois, as complicações dessa doença se transformaram em uma leucemia grave.

Trajetória

Salgado iniciou sua carreira no ano de 1973,viajou para mais de 100 países, buscando o desenvolvimento de projetos fotográficos. Com várias obras premiadas como; Serra Pelada- Mina de Ouro (1986), Trabalhadores (1993), Êxodos (1997), Gênesis (2013), Amazônia (2019), Terra (1997) entre outras. Ele e sua esposa fundaram o Instituto Terra em 1998, com o objetivo de desenvolver ações de recuperação e educação ambiental e promover o desenvolvimento sustentável no Vale do Rio Doce, uma mesorregião no leste de Minas Gerais.

Salgado formou em economia, antes de ingressar na carreira como fotógrafo. Suas fotografias traziam uma reflexão sobre a vida, com sua marca registrada, que era utilizar o preto e branco em suas imagens. Além de ter fotografado a fome na África, garimpeiros no Brasil, Galápagos, calotas polares, e a floresta amazônica.

Ele recebeu prêmios de grande expressão internacional, como: Prêmio da paz dos livreiros alemães em 2019, sendo o primeiro fotógrafo a receber essa honraria, além de outras premiações. Sebastião deixa a esposa Lélia e seus filhos Juliano e Rodrigo e os netos Flávio e Nara.

Foto: El Debate

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *