V Semana Jornalismo Importa: cinco dias de aprendizado sobre temas atuais
Durante cinco dias, o evento trouxe 26 convidados de diversas regiões do país, realizou nove simpósio, uma conferência, 16 oficinas e sete grupos de trabalhos científicos 8 de maio de 2024 Rafaella LeiteA quinta edição da Semana Jornalismo Importa: Ensino, Mercado e Pesquisa reuniu cerca de 400 participantes, entre os dias 8 e 12 de abril, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), de Vitória da Conquista. Durante cinco dias, o evento trouxe 26 convidados de diversas regiões do país, realizou nove simpósio, uma conferência, 16 oficinas e sete grupos de trabalhos científicos. Os estudantes ampliaram sua formação em Jornalismo e os profissionais locais se atualizaram sobre as discussões do mercado e da universidade.
A abertura oficial do evento, no Teatro Glauber Rocha, no dia 8 de abril, uma segunda-feira, começou às 8h40 da manhã, e contou com a participação do pró-reitor de Graduação (Prograd), professor Reginaldo Santos Pereira; da vice-diretora do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), Marcela Pessoa; do professor e criador do curso de Jornalismo da Uesb, José Duarte; da presidenta do Diretório Acadêmico Gregório de Matos, Nicole Prado e da coordenadora do curso de Jornalismo da Uesb e do evento, Carmen Carvalho. Também compuseram a mesa a vereadora Viviane Sampaio (PT), Luciana Oliveira representante da deputada Federal, Alice Portugal (PCdoB) e Gabriela Sousa representante do vereador Alexandre Xandó (PT).
Na ocasião, o professor Reginaldo destacou a importância do eventos de extensão para a formação dos estudantes. Já a professora Marcela Pessoa a relevância da universidade promover o pensamento crítico. A deputada Viviane resgatou o quanto o jornalismo pode contribuir no combate à desinformação enquanto a jornalista Luciana Oliveira, formada pelo curso de Jornalismo da Uesb, enfatizou o cenário do jornalismo no interior. Gabriela ressaltou que a universidade ser diversa no debate e na configuração dos estudantes. A professora Carmen resgatou a história de Semana Jornalismo Importa, que começou em 2027, na disciplina Teorias do Jornalismo. “Surgiu como uma necessidade de ir além da sala de aula, trazendo temas relacionados aos debate teórico, e também como uma maneira de mobilizar os estudantes à cidadania” pontuou a coordenadora do evento.
Em seguida foi realizado o Simpósio “Jornalismo como forma de transformação social”, com a presença das presidentas da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro; e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Katia Brembatti, e os presidentes da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) Felipe Pontes, e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves. A conferência abordou temas como a valorização da formação acadêmica, jornalismo como antídoto à desinformação e as mudanças provocadas pelas plataformas digitais.
Katia Brembatti rememorou a importância da universidade pública em sua vida. “ Sou fruto de uma universidade estadual, onde me formei e por muito tempo trabalhei”. Já Moacy Neves destacou a necessidade da apuração nos conteúdos jornalísticos produzidos no cenário local. Samira de Castro mencionou as dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho com o crescente avanço tecnológico. “O jornalismo passa por uma crise no seu modelo de negócios pelo impacto causado pelas plataformas digitais. Isso tem desempregado muitos jornalistas por conta das receitas dos anúncios migrarem cada vez mais do jornalismo para as plataformas de redes sociais”.
Para finalizar, o conferencista, Felipe Pontes, defendeu a responsabilidade social do jornalismo na atualidade e a resistência dos jornalistas em meio às transformações no âmbito do negócio do jornalismo, do processo de produção da notícia e das perdas de direitos trabalhistas. “Nós temos historicamente a luta, o trabalho e o dever de fiscalizar e trabalhar pela nossa categoria.”
No período da tarde, a programação incluiu as oficinas realizadas pelos convidados da manhã. Foram elas: “Lei de acesso à informação”, com Katia Brembatti; “Direitos trabalhistas e liberdade de imprensa, com Moacy Neves e Samira de Castro; “Gerenciamento de crise em assessoria de imprensa”, com Luciana Oliveira, e Métodos e técnicas de pesquisa em jornalismo, com Felipe Pontes. Também aconteceram a apresentação de trabalhos científicos no GT – Gênero e Jornalismo.
SEGUNDO DIA
No dia 9 de abril, terça-feira, o Simpósio da vez foi “O futuro do jornalismo será local”. Na ocasião foram realizadas as mesas “Jornalismo Independente” e “Jornalismo Local”. A primeira discussão foi mediada pela diretora executiva do Conquista Repórter, Victória Lobo, e os convidados foram o cofundador da Agência Mural, Anderson Couto; do diretor de tecnologia da Agência Tatu, Lucas Cavalcanti, e do jornalista freelancer Anderson Santana.
Anderson Couto contou a história de criação e evolução da Agência Mural de Jornalismo da Periferia. “O veículo foi criado para contar as histórias que não eram contadas, que as pessoas não queriam contar. Passamos cinco anos sem receber nenhum recurso para manter o nosso trabalho, mas hoje temos financiamento.Estamos atentos aos editais de instituições e empresas.”
Lucas Cavalcanti defendeu a importância dos números para contar histórias e alertou sobre o quanto o jornalismo do Nordeste precisa investir nessa especialidade. O maior problema, segundo ele, é a preocupação que os profissionais enfrentam na manutenção de projetos sustentáveis a longo prazo. “Não adianta uma ótima proposta em que os jornalistas não conseguem retorno financeiro.”
Já o jornalista Anderson Santana destacou o quanto os profissionais atuais precisam ter diversas atuações para conseguir sobreviver no mercado da comunicação. “Infelizmente, os desafios são muitos e precisamos desenvolver cada vez mais a cultura do empreendedorismo no Jornalismo. Essa cultura está sendo construída a duras penas por uma necessidade de trabalhar e exercer a profissão escolhida.”
A segunda mesa-redonda do dia, “Jornalismo Local, foi mediada pela cofundadora do site Coreto, Leila Costa, e também pelos jornalistas Tiago Marques, da Agência Sertão, Victória Lobo, do Conquista Repórter, e Emília Mazzei, do Programa Jovens Comunicadores.
Para Victória Lôbo, há uma falta de entendimento dos cidadãos sobre os suportes jornalísticos , já que a maioria da população nota apenas a atuação telejornalística. “A gente precisa começar a pensar nessa nova forma de fazer jornalismo, de utilizar as redes sociais para dar visibilidade aqueles e aquelas que estão nas comunidades, nas periferias, nos desertos de notícias.”
Em seguida, Tiago Marques chamou a atenção para a necessidade de produzir conteúdos com fontes confiáveis, como “a Uesb e o Site Avoador, que utilizamos com recorrência”. Ele ainda compartilhou as estratégias que utiliza no seu veículo de comunicação para ampliar o alcance da produção e divulgação noticiosa. “Fomos aprender como chegar ao ranking do Google. Vimos vídeos e estudamos como que poderíamos cair nos filtros de busca”, relembrou. “Conseguimos pagar nossos servidores e nossas despesas com o dinheiro dos anúncios e com o aumento dos nossos acessos.”
Leila Costa contou que, em meio as dificuldades financeiras, o Site Coreto tem conquistado a comunidade ao produzir um conteúdo sobre os acontecimentos da cidade. “As pessoas querem saber o que acontece no lugar em que vivem. A história da escola, do problema de saneamento, da rua… E a gente tem feito isso. Mas também temos enfrentado dificuldades para manter o negócio viável, de nos pagarmos.”
A jornalista Emília Mazzei apresentou em dois vídeos como o Programa Jovens Comunicadores foi criado desenvolvido no semiárido da Bahia. “Houve um pedido para que eu fizesse esse trabalho e então fui conhecer as histórias, os locais e fiz uma parceria com o Governo da Bahia e o Fida, (Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola). Com esses apoios, consegui implementar o projeto que permite à juventude rural uma oportunidade de geração da autonomia socioeconômica com o aprendizado de ferramentas de comunicação e expressão.”
No período da tarde foram ministradas as seguintes oficinas: “Jornalismo de dados”, com Lucas Cavalcanti); “Como abrir seu negócio em jornalismo”, com Anderson Couto, e “Assessoria de imprensa”, com Anderson Santana. Em seguida ainda foi realizada a presentação de trabalhos científicos no GT – Jornalismo e Cidade.
TERCEIRO DIA
Na quarta-feira, dia 9 de abril, o tema geral da programação foi “Ensino e Pesquisa em Jornalismo”, com as mesas redondas “Ensino no Jornalismo” e “O desenvolvimento das pesquisas em Jornalismo”. A mesa inicial foi mediada pela professora do curso de jornalismo da Uesb, Mary Weinstein, e teve como palestrantes o professor do curso de Jornalismo de Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Marcelo Bronosky, e a professora do curso de Jornalismo da Uesb, Flávia Mota. Os convidados debateram as realidades do ensino nas universidades públicas e as dificuldades de expansão dos projetos de extensão.
Para Flávia Mota, com base na sua pesquisa de doutorado, muitos docentes de curso de Jornalismo não tiveram uma preparação pedagógica adequada para darem aula na graduação. “Os profissionais têm se tornado professor durante o processo de ensino-aprendizagem. Essa é a realidade dos professores de Jornalismo no Brasil. Também há uma disparidade e distanciamento entre as disciplinas teóricas e práticas.”
Já o professor Marcelo destacou que, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelos cursos de Jornalismo com implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais, ainda não é o momento para fazer modificações. “Hoje, não é o momento de revisar as diretrizes, porque o cenário de crise e de transformação no mercado de trabalho e a dinâmica de desenvolvimento da própria formação, não nos dá atualmente, condições de uma sistematização reflexiva, capaz de poder nos orientar para uma mudança perene”. Ele também mencionou o quanto a queda do diploma impactou o mercado de trabalho da comunicação.
A segunda mesa-redonda, “Desenvolvimento da Pesquisa em Jornalismo, foi composta pelo professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Rafael Bellan, e pelo docente do curso de Jornalismo da Uesb, Marcus Lima, tendo como mediadora a professora, Mary Weinstein. A discussão se pautou acerca dos paradigmas do jornalismo e o desenvolvimento de pesquisas científicas na área.
O professor Marcus discorreu sobre os paradigmas do jornalismo, problematizando a existência dessa área do conhecimento a partir de “um conjunto de teorias, métodos, valores e pressupostos compartilhados pela comunidade científica em determinada época”, disse. “Por mais que os jornais tenham mudado as suas fachadas, os seus conteúdos e a sua linguagem, ainda continuaram praticando a retórica da objetividade”, acrescentou.
Já Rafael Bellan, que já foi da diretoria da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), criada em 2003, apresentou o cenário da pesquisa no Brasil com base nos trabalhos dos últimos eventos da entidade. Segundo ele, o Nordeste está em terceiro lugar na produção científica, com 26% das pesquisas, tendo à frente as regiões Sul e Sudeste. Também demonstrou que nos últimos anos houve um crescimento da pesquisa, com um quantitativo maior de artigos nos eventos SBPJor.
O evento seguiu pela parte da tarde, com as oficinas: “O jornalismo crítico-emancipatório em Adelmo Genro Filho”, com Rafael Bellan, e “Técnicas e táticas de enfrentamento à violência na produção jornalística”, com Marcelo Bronosky. Também aconteceu as apresentações dos grupos de trabalho “Ensino de Jornalismo” e “Telejornalismo”.
QUARTO DIA
Na quinta-feira, 11 de abril, foi realizado o simpósio: “Combate a desinformação e Educação midiática”, com as mesas-redondas “Desinformação e plataformas de redes sociais” e “Checagem e educação midiática”. Os convidados vieram de São Paulo, Rio de Janeiro e Jequié.
A primeira mesa-redonda “Desinformação e Redes Sociais” , iniciada às 9h, contou com a mediação do professor do curso de Jornalismo da Uesb, Francis Pereira, os palestrantes Gilberto Scofield (PUC/RJ e UFRJ), do Rio de Janeiro e Ivan Paganotti (Metodista/SP), de São Paulo. A principal discussão apresentada foi sobre como as plafaformas de redes sociais contribuem para desinformação e a Projeto de Lei, PL 2630, que tramita no Congresso Nacional para responsabiliza-las pelo conteúdo que nelas circulam na internet.
Conforme explicou Gilberto, a PL visa a proibição de contas falsas nas redes sociais e a mitigar a propagação de desinformação. Segundo ele, o projeto ainda permanece sem a aprovação da maioria dos deputados federais e tem sido combatido pelas Big Tech, as empresas Meta, X, Google. “No Brasil existe uma indústria de desinformação que rende milhões, sendo as redes sociais as maiores beneficiadas. Elas não se responsabilizam pelo conteúdo que deixam circular.”
Por sua vez, o jornalista Ivan Paganotti trouxe à discussão da mesa a maneira como o atual fenômeno das fake news se conecta com a política e a sociedade a partir das conexões virtuais entre os usuários das redes sociais. “As pessoas estão nesse ambiente virtual, e ali acontecem as interações e o compartilhamento de informações falsas. É preciso regular, com a responsabilização das plataformas, para conter a desinformação.”
Depois da fala dos palestrantes, das perguntas e a intervenção do mediador, houve uma lanche para os participantes da mesa e da plateia. Nesse espaço de tempo, o estudante de Jornalismo, Rodrigo Mascarenhas, e o professor do mesmo curso, Dannilo Duarte, realizaram uma apresentação artística.
A segunda mesa-redonda “Checagem e Educação midiática”, que foi mediada pela professora e organizadora do evento, Carmen Carvalho, tendo como convidados o analista de Educação da Agência Lupa, Victor Terra, e o professor da Uesb, de Jequé, Hayaldo Copque. Começou às 11h e terminou às 12h30.
Victor Terra destacou a importância do letramento midiático e o quanto as redes sociais criam que analisou as bolhas, onde as pessoas ficam restritas a apenas alguns conteúdo. “Todo mundo hoje é uma espécie de mídia, por isso temos que entender as nuances dela, e a falta de educação midiática provoca em algumas classes sociais um distanciamento da realidade, o que leva à adesão à desinformação. Por exemplo, a tia do WhatsApp muitas vezes não sabe que aquela informação é falsa.”
Já Hayaldo Copque, que é dramaturgo, dialogou sobre relações entre teatro e jornalismo e a desinformação na perspectiva do teatro do oprimido de Augusto Boal. Por meio de uma breve encenação no palco, ele mostrou a relação promíscua entre a forma da notícia vivenciada antigamente, na intersecção entre o jornalismo, o teatro e a política, e também apresentou o histórico do teatro jornal no Brasil. “O teatro sempre se utilizou do jornalismo para criar suas obras, e agora ele pode ser uma ferramenta no combate à desinformação, especialmente com o teatro do oprimido.”
Ao final, a plateia pode fazer perguntas, que receberam as respostas dos palestrantes. As oficinas da tarde foram prorrogadas das 14h para às 14h30, pois a mesa durou mais que o planejado anteriormente. Foram elas “Como combater à desinformação”, com Gilberto, no Auditório II do Luisão; “Educação Midiática e Checagem de Fatos”, com Vitor, no Auditório I do Luisão; e “O que o jornalismo pode ganhar (ou perder) com a PL das Fake News?”, com Ivan, no Laboratório de Jornalismo.
QUINTO DIA
O último dia do evento trouxe o Simpósio “Tendências e desafios do audiovisual”, com a realização das mesas-redondas “Jornalismo multiplataformas” e “Linguagens e produção em podcasts e redes sociais”.
A primeira mesa foi mediada pelo professor do curso de Jornalismo da Uesb, Dannilo Duarte, e teve a participação da professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Suzana Barbosa, e apresentador da TV Sudoeste, o jornalista Judson Almeida. Os convidados debateram sobre os novos meios de produção noticiosa em tempos de plataformização nos ambientes virtuais e nas estruturas físicas dos jornais.
Suzana demonstrou que o processo de construção da notícia atualmente é cada vez menos nos espaços físicos das redações e quais as estratégias e a capacidade de adaptação do jornalista para atuar nas plataformas digitais. Segundo ela, há características que envolvem os canais e os conteúdos noticiosos nos últimos tempos que são determinantes para o trabalho do jornalista. “Há um gosto do leitor por informações sucintas e existe uma comercialização publicitária de espaços dentro dos veículos de comunicação.”
Judson fez um regaste histórico da evoluções da produção telejornalística em Vitória da Conquista na TV Sudoeste, afiliada da TV Bahia, dando mais ênfase nas últimas mudanças que incluíram a interatividade. “Nós começamos com a interação ao vivo com o telespectador através das mensagens do X, que no início não engajou muito, e hoje usamos bem mais o WhatsApp”, disse. “ No jornal atualmente toda a operação de cortes de fundo, em âmbito de corte de áudio, de entrada, de reportagem no ar e de operação dos carácteres é realizada por softwares.”
A segunda mesa-redonda “Linguagens e produção em podcasts e redes sociais” foi medidada pelo professor José Duarte (Uesb), pelo comunicador Matheus Boa Sorte e pelo jornalista Afonso Ribas, egresso do curso de Jornalismo da Uesb. Temas como o relacionamento com as fontes, a adaptabilidade tecnológica e as produções em podcasts foram abordados.
Matheus contou as fases de sua carreira abordando as características do telejornalismo, como a disputa por audiência entre as emissoras e a produção de conteúdos, e a questão do “hábito da audiência” em assistir determinados programas. Segundo ele, o sucesso de seu programa “Boa Sorte Viajante”é creditado ao cultivo de um bom relacionamentos com as fontes. “O meu objetivo é mostrar pra ela (a fonte) que o protagonismo não é meu e que ela vai ter comigo a tranquilidade de me contar a essência da vida dela.”
Já Afonso Ribas discorreu sobre as novas formas utilizadas por veículos jornalísticos na construção de conteúdos, como o formato podcast, que, por meio das inovações dos últimos anos, tem surgiu produções diversas e uma maior facilidade de distribuição do produto final. “Cada vez mais veículos têm explorado esse formato”, ressaltou. Ele ainda ponderou sobre a prática acadêmica para a carreira dos futuros profissionais “Participar e se incorporar as projetos de extensão, como o Avoador é importante, pois é algo que tem muito a agregar para quem está no curso, para quem quer se aprofundar em fazer jornalismo em profundidade.”
Ao final da manhã, a professora Carmen Carvalho realizou o encerramento do evento com a leitura dos agradecimentos aos estudantes bolsistas do Programa Jornalismo como Forma de Transformação Social no Combate à Desinformação e aos voluntários dos diferentes semestres que contribuíram na organização de cada dia. Também foi feito um sorteio de 10 canecas da Semana Jornalismo Importa entre os presentes na plateia.
Á tarde, a programação contou ainda com as oficinas: “Jornalismo em tempos de plataformização”, com Suzana Barbosa; “Podcast”, de Afonso Ribas, e “Teatro do Oprimido contra a desinformação”, com Hayaldo Copque.
A V Semana Jornalismo Importa: Mercado, Ensino e Pesquisa é uma realização do
Colegiado do Curso de Jornalismo da Uesb, do Programa Jornalismo como Forma de Transformação, que é viabilizado via edital da Proex (Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários), e também pelos recursos do Programa de Apoio a Eventos (Paep) da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Também contou com o apoio dos seguintes colaboradores: Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista (PMVC), os vereadores de Vitória da Conquista pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Alexandre Xandó e Viviane Sampaio, a deputada Federal pelo o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Alice Portugal. A empresa Nikita Personalizados. Também são parceiros da atividade os veículos jornalísticos Conquista Repórter e Site Coreto.
Fotos: Monitores do evento