Mulheres do campo, educadoras, militantes, estudantes e diversas outras que compõem a sociedade civil e organizações políticas ocuparam as ruas de Vitória da Conquista nesta sexta-feira, 8. Com cartazes, faixas e palavras de ordem, elas protestaram no 8 de março, data histórica para a luta feminista. O ato, realizado pelo Fórum de Mulheres, começou com concentração na Praça Barão do Rio Branco, no Centro. Por volta das 12h, o movimento finalizou a marcha na Central de Abastecimento (CEASA).

O trajeto contou com duas paradas para a entrega de um manifesto, que contém reivindicações da população feminina do município. Em frente à Prefeitura, na Praça Joaquim Correia, as mulheres denunciaram o descaso da gestão Sheila Lemos (UB) com a educação, e destacaram a luta de movimentos por moradia e contra a violência de gênero. Representantes de entidades entregaram o documento no prédio onde está o gabinete da prefeita, mas ela não estava presente devido à questões de saúde.

Durante a marcha, Keu Souza, educadora e militante do PSOL, falou sobre a precariedade da educação no município. “Temos muitas deficiências com essa gestão, principalmente quando nossos filhos evadem as escolas e quando essas escolas são fechadas pela Prefeitura de Vitória da Conquista”, afirmou. Na porta da sede do Executivo municipal, a presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público (Simmp), Greissy Reis, destacou a necessidade da união das mulheres para lutar pela emancipação da classe trabalhadora.

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Na sequência, as mulheres seguiram em caminhada para a Câmara de Vereadores, onde o manifesto foi entregue aos parlamentares presentes no plenário. Na ocasião, representantes de entidades como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e União de Mulheres ocuparam a tribuna, após reivindicar tempo de fala ao presidente da Casa Legislativa, Hermínio Oliveira (PODE). O auditório, onde acontecia uma sessão especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, ficou lotado.

“Quando pedimos para ocupar essa tribuna, foi para dividir um pequeno espaço de tempo entre as vozes de várias companheiras. Temos mulheres do campo e da cidade. O que nós queremos é sermos ouvidas”, disse Nildma Ribeiro, sindicalista e ex-vereadora de Vitória da Conquista.

Reportagem republicada do site Conquista Repórter em parceria com o site Avoador