PM morta tinha medida protetiva contra ex-marido desde julho
Segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os feminicídios por homicídio doloso foram de 127 em 2019 para 136 neste ano de 2020 9 de outubro de 2020 Da RedaçãoDesde 11 de julho, a policial militar Raffaela Gonçalves, morta nesta segunda-feira (05/10) em Ibotirama, tinha uma medida protetiva para que o ex marido Edson Salvador Ferreira de Carvalho não se aproximasse dela. Feminicídio é a principal causa suspeita.
O que teria motivado o crime é que o ex-marido, também soldado da PM, não aceitava o fim do relacionamento. Essa linha de investigação é a principal após as testemunhas serem ouvidas na última terça-feira (06/10), segundo a Polícia Civil da Bahia.
A PM foi encontrada morta no mesmo dia do crime em sua residência. Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta das 12h30. Ao seu lado, estava o corpo do ex-marido que teria se suicidado. As filhas de Raffaela, de três e sete anos de idade, estavam na casa quando aconteceu o crime. Elas não foram feridas.
Raffaela pertencia à 28ª Companhia Independente de Polícia do município de Ibotirama, além de ser digital influencer. Em suas redes sociais, compartilhava sua rotina, além de fotos e vídeos dela com armas ou realizando treinamentos com tiros.
Foi realizada uma homenagem à PM no pátio da Companhia em que atuava. Os presentes levaram flores, cartazes, balões e realizaram discursos e orações.
Segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os feminicídios por homicídio doloso foram de 127 em 2019 para 136 neste ano de 2020.
Um estudo do Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública identificou que, no primeiro semestre de 2020, 1.890 mulheres foram mortas violentamente. Isso representa um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2019. Dessas, 631 foram mortas por feminicídio.