74% dos assistentes sociais não estão preparados para lidar com a pandemia, diz estudo
Os dados foram coletados por meio de entrevistas com 1.091 profissionais da área, realizadas entre 15 de junho e 1º de julho, por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas 19 de agosto de 2020 Karina CostaUma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que apenas 11% dos assistentes sociais em todo o país foram testados para a covid-19. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com 1.091 profissionais da área, realizadas entre 15 de junho e 1º de julho. Essa é a segunda etapa da análise coordenada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) da FGV.
Na primeira parte da pesquisa, aplicada em abril, 38,5% dos assistentes sociais alegavam ter recebido os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Entre junho e julho, esse número passou para 50%. O estudo mostrou ainda que 74% desses trabalhadores se sentem despreparados para lidar com os impactos provocados pela crise sanitária.
A porcentagem de profissionais que disseram ter recebido treinamento específico para lidar com a pandemia da covid-19 também cresceu na segunda rodada do estudo. O quantitativo passou de 12,9% para 17,1%. Além disso, os pesquisadores perguntaram sobre a saúde mental e as emoções que afetam a rotina de trabalho dos assistentes sociais.
Com 78% e 59%, respectivamente, o medo e o estresse lideram a lista de sentimentos que afligem os trabalhadores neste período. Um dos fatores responsáveis pela sensação de falta de segurança é a ausência de suporte do governo federal. 78% dos entrevistados destacaram a inércia do executivo nacional.
Fonte: Agência Bori/FGV
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