Primeiro lote da vacina Coronavac já está no Brasil desde quinta-feira (19)
As 120 mil doses chegaram no aeroporto de Guarulhos recebidas pelo governador de São Paulo, João Dória 20 de novembro de 2020 Alexya LeiteO primeiro lote da vacina Coronavac chegou ao Brasil nesta quinta-feira (19/11). Em comunicado na terça-feira (17/11), o Instituto Butantan informou que receberia as primeiras doses no imunizante e, até o fim de novembro, a matéria-prima para produção local. As 120 mil doses que vieram da China chegaram no estado de São Paulo.
O acordo foi fechado entre o governo de São Paulo e a empresa chinesa Sinovac, que fabrica a vacina. A parceria inclui a produção de 46 milhões de doses além de transferência da tecnologia ao Butantan, associado nos testes clínicos feitos aqui.
Até o final do ano deverá ocorrer a entrega de 6 milhões de doses ao Brasil e a produção de 40 milhões no país. “Receberemos ainda neste mês uma quantidade inicial de 600 litros de matéria-prima para iniciar a produção aqui no Butantan. Tudo caminha para que rapidamente tenhamos 46 milhões de doses de vacinas prontas para uso já em janeiro”, afirmou o diretor da instituição, Dimas Covas, em entrevista à DW.
Entretanto, a aplicação só poderá ocorrer com a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que aguarda a finalização da terceira fase de testes clínicos, atualmente em execução.
Um estudo publicado na revista científica The Lancet atesta a segurança da Coronavac que, depois de 28 dias, produziu anticorpos em 97% dos voluntários saudáveis. A afirmação baseia-se nas fases 1 e 2 de testes clínicos da vacina já que a terceira fase ainda não foi concluída.
Os testes clínicos foram feitos em abril, na China, com 744 voluntários saudáveis entre 18 e 59 anos. Os resultados revelaram resposta de anticorpos num período de 28 dias após a primeira aplicação da vacina, sendo duas doses com intervalo de 14 dias. Entenda como as vacinas virais funcionam na explicação abaixo.
No Brasil, os testes clínicos da Coronavac foram retomados após as investigações que tratavam da morte de um voluntário da vacina. De acordo as autoridades, a morte não tem conexão com o imunizante.
Após vetar a compra da vacina e comemorar a morte de voluntário da vacina, na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro foi criticado e admitiu que, com a aprovação da Anvisa e do Ministério da Saúde, poderá adquirir o imunizante se comercializado por um valor que julgar adequado.
Fonte: DW
Foto: Pexels