Anvisa concede registro definitivo à vacina da Pfizer/BioNTech

Apesar da obtenção do registro, o Brasil não possui doses para aplicação e nem acordo de compra 23 de fevereiro de 2021 Sara Dutra

Nesta terça-feira (23/02), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro definitivo à vacina contra a covid-19, desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer com a alemã BioNTech. Esse é o primeiro imunizante a obter o registro definitivo no país. Com a autorização, a vacina poderá ser aplicada em todos acima de 16 anos, mas o Brasil ainda não tem doses disponíveis e nem acordo de compra.

As negociações estão sendo feitas desde junho de 2020, mas até agora o laboratório não obteve resposta definitiva do governo federal. Segundo a farmacêutica, foram oferecidas 70 milhões de doses da vacina ao executivo brasileiro para entrega em dezembro, mas a oferta foi recusada.

O governo federal afirmou que não comprou a vacina da Pfizer/BioNTech devido a uma cláusla no contrato prevendo que o Brasil assumisse a responsabilidade por eventuais efeitos colaterais causados pelo imunizante.

O registro da Anvisa permite também a comercialização pelos setores privados. Mas a Pfizer, por meio de nota, disse que só vai negociar as doses da vacina com o governo.

AstraZeneca/Oxford e Coronavac

A Anvisa já havia autorizado o uso emergencial para a vacina desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford e para a Coronavac, imunizante do laboratório chinês Sinovac. Ambas estão sendo aplicadas no Brasil somente em grupos prioritários.

Posteriormente, elas também serão produzidas em solo brasileiro por causa dos acordos de transferência de tecnologia entre as fabricantes e instituições brasileiras, Fiocruz e Butantan. As negociações para a compra da vacina da Pfizer não incluem transferência de tecnologia.

 

Foto: Agência Brasil

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