Nesta terça-feira (05/05), a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e os sindicatos filiados lançaram a campanha “Essencial é a informação!”, uma mobilização virtual para incluir os jornalistas como grupo prioritário no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19.

A Fenaj irá apresentar ao Congresso Nacional uma emenda ao projeto de lei que prevê a inclusão de 16 categorias no plano de vacinação, além disso, apoia o projeto de lei do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que fala exclusivamente da imunização dos jornalistas.

Desde o primeiro decreto sobre a pandemia, a atividade jornalística foi considerada serviço essencial, e os jornalistas passaram a ser expostos ao vírus diariamente para a produção de notícias. Por conta disso, a Fenaj e os 31 sindicatos tentaram a inserção dos jornalistas nos planos de vacinação regionais, enviando ofício às secretarias municipais e estaduais de saúde, prefeituras e governos estaduais. No entanto, a maioria dos pedidos foi negada com a justificativa de que o plano é definido pelo Ministério da Saúde e, em muitos estados, a solicitação avança nas assembleias legislativas.

O Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da Fenaj montou um dossiê que mostra o número de mortes de jornalistas em decorrência do coronavírus. Os dados são atualizados periodicamente, e de acordo com o documento, no período entre abril de 2020 a março de 2021, 164 jornalistas morreram por causa da doença.

“FENAJ e Sindicatos de Jornalistas lutam por vacinação universalizada e gratuita para todo o conjunto da população, única forma de reduzir os índices de contágio e de mortes pela doença no país. Mas também reivindicam que os profissionais jornalistas estejam inseridos entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização, pela real situação de risco a que os profissionais estão submetidos cotidianamente. O Brasil é o país com mais jornalistas vítimas de Covid-19 no mundo”, afirma nota emitida pela entidade.

Fonte: Fenaj