Pesquisadores da Uesb identificam mutações do novo coronavírus

Ao longo da pesquisa, 91 mutações já foram identificadas que podem contribuir para o desenvolvimento de novas vacinas 4 de fevereiro de 2021 Sara Dutra

Cientistas da Uesb realizam pesquisa para identificar mutações do novo coronavírus. O trabalho “Estudos in sílico e in vitro para a busca de potenciais fármacos contra o SARS-CoV-2” é coordenado pelo professor do Departamento de Ciências Biológicas, Bruno Andrade, no campus de Jequié.

O estudo pretende encontrar variações relevantes na proteína Spike do SARS-Cov-2 (Coronavírus da Síndrome Respiratório Aguda Grave 2), que podem ajudar no desenvolvimento de novas vacinas para gerar imunidade e combater a covid-19.

Durante a pesquisa, já foram identificados 91 variedades mutantes para a proteína do Spike vírus distribuídos em todos os continentes. Os pesquisadores querem desenvolver uma molécula para ser utilizada em produtos de limpeza ou cosméticos, além de realizar testes com a proteína para a criação de novas vacinas.

Os vírus normalmente sofrem mutações, que criam alterações genéticas e continuam infectando novos hospedeiros. No caso do coronavírus, esse processo acontece de forma acelerada, pois ele possui um tipo de material genético mais frágil e suscetível a mutações.

Essas mutações causam impacto na sociedade, uma vez que podem surgir variantes mais agressivos ou não. Além de contribuírem para a criação de diferentes vacinas para novos variantes que surgirem. “Assim como podem surgir mutantes menos infecciosos, com menor poder de virulência, podem surgir formas virais mais agressivas, causando tanto um maior poder de infeção e dispersão na população”, disse Bruno Andrade.

Foto: Uesb

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