Em assembleia, professores da Uesb decidem pela não deflagração de greve

Das quatro universidades estaduais baianas, apenas a assembleia da Uneb deflagrou greve por tempo indeterminado 23 de setembro de 2024 Rian Borges

Nesta segunda-feira (23/09), na sede da Associação Docentes da Uesb (Adusb), do campus de Itapetinga, os professores decidiram pela não deflagração da greve. No resultado final, 59 docentes votaram contra a greve, enquanto três foram a favor.

Na assembleia também foi avaliada a proposta realizada pelo governo baiano, no dia 18 de setembro, última quinta-feira, ao FAD. Os valores apresentados na negociação foi de reajuste salarial de 13,83% pagos em dois anos. Em 2025, pagamento de 4,7% em janeiro e 2% em julho, e em 2026,  4,5% em janeiro e 2% em julho.  Com 55 votos a favor, um contra e três abstenções, os professores decidiram pelo acordo salarial com o governo do estado.

Nas outras universidades estaduais, que, como a Uesb fazem parte do Fórum das Associações Docentes (FADs), as assembleias também foram na segunda-feira pela parte da tarde. Na Universidade Estadual do Estado da Bahia (Uneb), em reunião realizada em Salvador,  foi deflagrada greve por tempo indeterminado. Já na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), a greve não foi aprovada pelos professores.

Segundo resolução do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre greve em instituição pública, com a aprovação da categoria, é necessário um prazo de 72 horas para o início da paralisação das atividades na administração pública.

Investimentos

O Governo do Estado informou que tem uma previsão de repasse total de R$ 2,3 bilhões, em 2024, para as Universidades Estaduais (Uneb, Uefs, Uesc, Uesb). Os recursos são destinados a área de pessoal, ações e obras das quatro Universidades Estaduais da Bahia (Uebas). O valor representa um aumento de 35% em relação ao montante repassado para as Uebas, no ano passado (R$ 1,7 bilhão).

Também foi divulgado que, com relação à área de pessoal das universidades, os docentes tiveram, em 2023, ganhos que variaram entre 6,63% e 9,32%, a depender do cargo e do nível que ocupam nas suas carreiras. Este ano, os professores das universidades estaduais já receberam reajustes que perfazem 6,97% de aumento (4% de reajuste linear para todos servidores públicos do estado, somado a um reajuste complementar para categoria de 2,82%).

Foto: Adusb

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