Fórum traz debate sobre mudanças climáticas para Vitória da Conquista

Promovido pela Neoenergia Coelba, o evento aconteceu nesta terça, 29, e trouxe previsões para o município nos próximos meses. "Teremos períodos mais chuvosos intercalados com meses mais secos", diz meteorologista. 30 de outubro de 2024 Por Karina Costa

“As mudanças climáticas não são um problema do futuro, são um problema do presente”. A afirmação é de Ana Clara Marques, meteorologista da Climatempo que participou nesta terça-feira, 29, do 3º Fórum Desafios Climáticos na Bahia, promovido pela Neoenergia Coelba, em Vitória da Conquista. Durante o encontro, foram apresentadas previsões climáticas para os próximos meses no estado e no município, além de estratégias da empresa de energia para o atendimento à população em casos de eventos climáticos extremos.

De acordo com Ana Clara Marques, o fenômeno La Niña está em formação neste mês de outubro e deve durar até fevereiro ou março de 2025. Geralmente, ele causa chuvas acima da média histórica em áreas da região Nordeste, o que inclui grande parte do estado da Bahia. Neste ano, a previsão é que o fenômeno tenha uma duração relativamente curta e uma intensidade fraca. “Nós teremos alguns períodos mais chuvosos intercalados com meses mais secos”, explicou a meteorologista.

Em Vitória da Conquista, na próxima semana, o cenário previsto é de temperaturas mais amenas, com chuvas que vão e voltam ao longo do dia, sem muitos raios ou vento, mas com acumulados de água mais elevados. Segundo a especialista em clima, na segunda quinzena de novembro, a temperatura volta a subir, registrando máxima de 33 a 34 graus.

Além disso, Ana Clara destaca que os dias que devem gerar mais preocupação são justamente aqueles que ocorrem durante os períodos de calor mais intenso e tempo seco. “É aquele tipo de chuva que vem de forma local com muita intensidade, raios e vento, e que traz um risco grande para a população. São temporais em geral curtos, mas que vem com potencial destrutivo muito grande”, ressaltou a meteorologista.

3º Fórum Desafios Climáticos na Bahia – Edição Vitória da Conquista foi promovido pela Neonergia Coelba. Foto: Karina Costa.

Ações de prevenção à crise climática

Diante das condições climáticas previstas para os próximos meses, é necessário a união de diferentes organizações dos âmbitos público e privado. Por isso, durante o 3º Fórum Desafios Climáticos na Bahia, representantes da Defesa Civil de Vitória da Conquista e da Neoenergia Coelba reforçaram as ações de cada entidade para casos de eventos climáticos extremos.

Daniel Vieira, representante da Defesa Civil, destacou que, desde as enchentes do ano de 2021, a Prefeitura Municipal vem trabalhando com a atuação dos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs) nos 11 distritos rurais do município. “Com os núcleos nos distritos trabalhamos com a prevenção. Os representantes de cada localidade rural entram em contato com a sede para relatar o problema e buscamos atender imediatamente”, disse.

Thiago Martins, da Neoenergia Coelba, detalhou o plano de investimentos da empresa para o enfrentamento às adversidades climáticas. Até 2027, a instituição pretende investir R$ 13,3 bilhões em obras estruturantes em toda a Bahia, o que inclui a implementação de uma nova subestação elétrica em Conquista, que irá atender também Anagé, Barra do Choça e Belo Campo.

“É uma subestação com 50 megas de potência que vai atender o crescimento da cidade e trazer mais flexibilidade e robustez operativa para a região”, destacou Martins. Durante possíveis contingências, a empresa afirmou que ainda dispõe de um plano para monitorar o sistema elétrico em tempo real, reforçando suas equipes conforme necessário e revisando suas práticas após cada emergência.

Matéria originalmente publicada no veículo jornalístico Conquista Repórter, parceiro do site Avoador.

Uma resposta para “Fórum traz debate sobre mudanças climáticas para Vitória da Conquista”

  1. Sueli disse:

    O poder público municipal já deveria ter implementado obras que permitissem, principalmente nos bairros mais periféricos da parte baixa do município, o escoamento das águas impedindo de invadirem as casas. Todo ano sabe que chove e que alaga tudo, mas a situação se repete ano a ano. Em janeiro de 2024, as chuvas invadiram as casas dos moradores do bairro Jurema, se não fossem os moradores que foram pra rua, embaixo de relâmpagos e desentupiram as bocas de lobo, e retirando as tampas de outros para escoar as águas, teria acontecido uma grande catástrofe. Não vi nenhum representante da prefeitura visitando a localidade pra tomar alguma providência. Como é de praxe, só aparecem durante o período de eleições, pra pedir voto. Já está chegando novamente o período das chuvas, prometeram antes das eleições que seriam feitas obras nesse sentido, com certeza já “se esqueceram”.

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