Funcionários terceirizados da Uesb não recebem salário do mês de fevereiro
Com problema contratual, desde maio de 2024 a Uesb assumiu a responsabilidade de remunerar os trabalhadores 21 de março de 2025 Rian BorgesOs funcionários terceirizados de limpeza e jardinagem da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) não receberam o pagamento de seus salários relacionados ao mês de fevereiro. Com problema contratual com a prestadora de serviço, a A7 Serviços, desde maio de 2024 a Uesb assumiu a responsabilidade de remunerar os trabalhadores.
Atualmente a A7 Serviços possui suas contas bloqueadas na justiça, o que inviabiliza o pagamento dos empregados. Entretanto, segundo relato dos servidores, a empresa já não cumpria com as demandas financeiras desde o início de 2024.
Diante desse cenário, a empresa Creta, que venceu o processo de licitação para a prestação do serviço, ainda não fez a transição e consequentemente não começou a efetuar o pagamento para os funcionários.
Na quinta-feira (20/03) os servidores terceirizados se reuniram com Adriano Calixto, prefeito do campus da Uesb. Segundo funcionários presentes na reunião, que preferiram manter o anonimato para não sofrer represálias, o comando da prefeitura garantiu que o pagamento referente ao mês de fevereiro será concretizado até o dia 28 de março. Desta reunião, também obtivemos a informação de que a empresa Creta, nova fornecedora de serviço, passaria a exercer a remuneração dos funcionários a partir de março.
Na manhã desta sexta-feira (21/03), a diretora de base do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Limpeza Pública e Terceirizados de Vitória da Conquista (Sindilimp), Dilaneide Ribeiro, também se reuniu com os funcionários para “acalmar os ânimos” e esclarecer dúvidas sobre a situação.
Essa não é a primeira vez que os funcionários terceirizados da Uesb ficam sem receber. Em setembro do ano passado, cerca de 40 trabalhadores paralisaram as atividades pela ausência de remuneração salarial, vale-transporte e alimentação. Na ocasião, o movimento perdurou por onze dias e os servidores organizaram protestos no campus da Universidade, em Vitória da Conquista.
A reportagem do Avoador procurou a Reitoria da Uesb e o prefeito do campus, Adriano Calixto, para esclarecer sobre a situação dos funcionários terceirizados, mas até o fechamento da matéria não tivemos uma resposta da instituição.