Mulher é encontrada em trabalho análogo à escravidão em residência de Conquista

Em toda a Bahia, 11 trabalhadores foram encontrados em situação precária no trabalho 6 de setembro de 2023 Raquel Soreira e Edilaine Rocha

A ação Resgate III da Polícia Federal em conjunto com Ministério Público do Trabalho encontrada empregada doméstica em situação análoga à escravidãoce mais três residências visitadas em Vitória da Conquista. Na Bahia, foram 11 pessoas em trabalho precário que também incluem as ações Cândido Sales e na Barra.

A operação focou em residências urbanas e rurais suspeitas de manterem indivíduos em trabalho escravo ou em condições precárias. O empregador da doméstica resgatada, juntamente com seus advogados e procuradores do MPT (Ministério Público Trabalhista), estão negociando um termo de ajuste de conduta para garantir os pagamentos.

Na zona rural de Cândido Sales, cinco pessoas foram resgatadas pela ação policial, duas pessoas no plantio de mandioca e mais três na produção de carvão, a carvoaria do local não tinha licença ambiental e mantinha a produção não oficializada, com alojamentos, segurança, condições de saúde precários. O responsável pelas as atividades ilegais foi identificado e responderá judicialmente.

Na cidade de Barra, no Oeste baiano, uma empresa de segurança foi flagrada mantendo cinco vigilantes em condições análogas ao trabalho escravo, as vítimas se abrigavam em barracas de lona sem saneamento básico e proteção contra o clima. O MTP está em negociações com os envolvidos para garantir o pagamento dos trabalhadores resgatados.

No Brasil, apenas no mês de agosto deste ano, a ação retirou 532 trabalhadores do trabalho escravo contemporâneo. A operação é realizada por seis instituições: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os trabalhadores afetados já receberam cerca de R$3 milhões em verbas rescisórias, os valores que já foram pagos giram em torno de R$2 milhões em danos morais coletivos. Alguns pagamentos estão em processo de negociação com os empregados, após a resolução dos processos o valor será maior.

Minas Gerais é o estado líder no ranking em resgate de pessoas em situação de trabalho escravo com cerca de (204) vítimas, seguido de Goiás (126), São Paulo (54), Piauí (42) e Maranhão (42). Alémda Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins também tiveram denúncias e operações de resgates.

 

Imagem Destacada: Página do MPT

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