Anselmo Vasconcelos: ator do primeiro beijo gay da filmografia brasileira

Na entrevista exclusiva ao site Avoador, ele conta sobre os 50 anos de carreira, como virou ator e a necessidade constante de preparação de um artista 3 de novembro de 2023 Matheus Guimarães

Com 50 anos de carreira, o ator Anselmo Vasconcelos, carioca, é conhecido nacionalmente. Ele já participou de novelas e minisséries na Rede Globo, TV Record e Rede Band, sendo “Cara e Coragem” a última trama novelesca que esteve à frente, na Globo, em 2022. Também tem no currículo mais de 50 filmes, dentre os quais estão “Se segura, malandro!”, de 1978, sua estreia no cinema, “Brasília 18%” e “A República dos Assassinos”.

Nessa trajetória, o artista destaca sua atuação como protagonista da travesti Eloína, no filme “A República dos Assassinos”, de 1979. Na obra, ele dá o primeiro beijo gay da filmografia brasileira, o que lhe rendeu prêmios na área, um deles internacional, na Colômbia, como o Melhor Ator, no Festival de Cartagena das Índias. Além de também contar como ele iniciou sua trajetória de ator, trabalhos que foram

O ator esteve em Vitória da Conquista, em outubro, entre os dias 25 e 27 de outubro, quando realizou uma oficina para artistas locais e apresentou a peça “A Cafona”, escrita por Maíza Tchelly Viana.  Na entrevista exclusiva ao site Avoador, ele conta sobre os 50 anos de carreira, como virou ator, a necessidade constante de preparação de um artista e relembra os principais personagens que interpretou.

Avoador- Qual a importância da formação para a carreira de ator?

Anselmo- Hoje, onde a gente mais aprende, apreende e exercita são nas oficinas. É uma tradição muito antiga, como forma de educação, desenvolvimento e atualização, sobretudo de atualização. Então como eu sou do centro produtor mais importante do país, que é o eixo Rio-São Paulo, eu trouxe para os estudantes de Vitória da Conquista, para os profissionais daqui, formações que talvez demorasse um pouco mais para chegar aqui. Porque estou envolvido com as produções que tem até o âmbito internacional, que acontecem no Rio de Janeiro. Por exemplo, eu filmei o primeiro episódio da série “Reis”, da Rede Record, com um diretor argentino, o Juan Pablo Pires, que é um diretor que trabalha nos Estados Unidos, trabalha na Argentina que é um dos maiores cinemas da América Latina.  O cinema argentino é poderosíssimo. Também as atualizações que a gente tem através de companheiros que vão frequentemente aos Estados Unidos, ao primeiro mundo, como Itália, Alemanha, que trazem essas informações e estudos para gente, como também profissionais que vão nos visitar lá. Nós também fazemos workshops, eu, por exemplo, mudei muito minha maneira de atuar quando trabalhei com o Dario Fo. Ele deu um workshop no Rio de Janeiro, inclusive o espetáculo que eu faço, “A Cafona”, é muito inspirado com o que eu aprendi com Dario Fo, então o workshop, a oficina, que realizei aqui foi importantíssima nesse sentido, no sentido de substanciar aquele que já estuda ou aquele que já tem como profissão.

“Eu cultivo de energia, que proporciona ao ator o entendimento do seu funcionamento, não só pela imaginação, pela mente e pelo racional, mas também pelos órgãos que constituem toda sua biologia e seu sistema eletromagnético.”

Avoador- Quais foram os conteúdos e atualizações que trouxe na oficina?

Anselmo- Um dos conteúdos tratei foi o cultivo de energia, que está ligado à sabedoria milenar da medicina tradicional chinesa, que entende o corpo como um depositário de energia. Por exemplo, ela não trata os rins como um órgão físico, e sim como um centro de energia. Esse centro de energia percorre os meridianos do corpo e se estabelece na face. Quando você sente medo, isso está ligado ao funcionamento do rim, e quando você sente tristeza, está ligado ao funcionamento do fígado, e isso é detectado pelos meridianos que ficam estagnados no rosto. Então trouxe uma série de dinâmicas, exercícios e considerações da medicina chinesa, porque eu trabalho com a doutora Marta Rocha, que é uma doutora em geografia da saúde, e eu sou cliente e parceiro dela no Centro Cultural do Rio de Janeiro. Então, o cultivo de energia proporciona ao ator o entendimento do seu funcionamento, não só pela imaginação, pela mente e pelo racional, mas também pelos órgãos que constituem toda sua biologia e seu sistema eletromagnético. A gente vai trabalhar com eletromagnetismo, com o imobilismo, que é uma atuação menos ilustrativa, porque nós aprendemos a atuar muito em função de ilustrar aquilo que estamos sentindo, aquilo que o personagem está sentindo. A ideia do personagem também sofre hoje na atualidade um conceito renovador. Hoje, tem o streaming, e você pode ver a dramaturgia do mundo inteiro. Eu fiz um mapa mundi no meu Centro, no Rio de Janeiro, e tem a dramaturgia turca, dos países baixos, dos países latinos, nórdicos e por aí vai… Todas as séries que eu assisto obedecem o critério de eu entender como aquele ator está trabalhando. E de uma maneira geral, os atores hoje representam muito menos do que representavam anteriormente, a maneira de atuar está extremamente modificada. A maioria desses atores em todo mundo, nas mais diversas dramaturgias, trabalham com um despojamento muito grande, com recursos minimalistas, muito close, muito plano fechado, e o ator latino, sobretudo no Brasil, ainda está muito colonizado pelas escolas de interpretação que obedecem aos protocolos dos grandes mestres, que são maravilhosos, mas na minha opinião são datados, é muito antigo. Eu desconstruo muito essas ideias muito enraizadas na maneira de se comportar.

Avoador – Sobre a peça “A Cafona”, qual é o tema principal?

Anselmo- “A Cafona” é uma dramaturgia da Maíza Tchelli Viana, que foi minha aluna na escola de teatro Martins Pena, durante dois ou três anos, e há uns cinco meses, ela me mandou um e-mail com o texto de uma mulher narrando a sua vida familiar, os seus sentimentos, as suas relações. Ela se sente vítima de uma série de imprecações da sociedade e da família que ela foi criada. Ela acusa muito uma prima dela de ser a causadora de malefícios na sua vida, que chama de “cafona”. E eu peguei esse texto e mandei para várias atrizes amigas minhas lerem, conhecerem e sentirem vontade de fazer um solo novo. A única que respondeu fui eu. E aí eu resolvi montar um texto, mas como que se monta um texto que é uma mulher? E surgiu uma questão crucial, para mim, como representar uma mulher, e com todas essas ideias de atualização que já citei, resolvi fazer uma mulher sem nenhum tipo de truque. Eu não me visto, eu não me pinto, não uso peruca, não faço voz fina, eu sento numa cadeira com uma mesa, a mesa só existe porque eu tenho que tomar um remédio o tempo todo e um copo d’água, e é só isso que existe, e eu fico passando para a plateia. Há três estágios no espetáculo, o primeiro estágio é a apresentação para o público, de como vou trabalhar, da maneira que construí o espetáculo e da maneira como eles podem entender como os atores antigos trabalhavam quando não existia o texto. O desenvolvimento é o texto da Maria, e a finalização é após o espetáculo, quando eu puxo uma conversa com o público para entender o que eu fiz. Porque o espetáculo tem um labirinto de situações, das mais variadas que a personagem vai passando, do convívio dela com o marido, com a prima, com o cachorro, com a Copacabana do Rio de Janeiro, com as coisas que acontecem no Rio de Janeiro, é um labirinto. Só que eu não decorei o texto, então eu improviso, e o improviso me dá uma propriedade que acontece muito na hora, muito da minha relação com o público. Essa é basicamente a ideia do espetáculo.

“Soube que teria um teste para uma peça chamada “O Último Carro”, do grupo Opinião, eu fiz o teste e passei. Essa foi minha estreia profissional.”

Avoador – Com qual idade que escolheu ser ator e por quê?

Anselmo- No início dos anos 1970, eu estava me preparando para fazer o vestibular de Medicina. Tinha um projeto pessoal de ser médico. Sempre gostei da cura, acho maravilhoso você curar uma pessoa. E quando estava prestes a fazer o vestibular, a Cesgranrio, que era a responsável pelo vestibular na época, resolveu introduzir uma prova escrita, uma redação, e nós recebemos uma professora nova no curso, especialista em redação. Quando ela entrou na sala de aula, eu senti alguma coisa por aquela mulher, e ela falou muito sobre o teatro, e eu não tinha ido ao teatro até então. E numa outra aula, quando ela terminou a atividade, fui atrás dela no corredor, e ela percebeu, perguntou se eu queria falar com ela, e eu falei que sim, e eu falei que fazia teatro. Ela falou que queria ir, e combinamos na sexta-feira após o primeiro turno em fazer no pátio. E quando voltei para sala de aula, me perguntei “como que eu falo isso, e agora?”, e dois amigos meus, que estavam sempre comigo, me perguntaram o que estava acontecendo, e eu falei “não sei o que que me deu que eu falei isso”. E uma das meninas falou para eu escrever uma peça. Eu escrevi uma peça, ensaiamos e na sexta-feira fizemos o cenário, pintamos a cara de branco, colocamos iluminação, música e apresentamos. Foi um silêncio sepulcral na plateia, os professores, alunos, minha família se perguntando “Anselmo fazendo teatro?”. E quando terminou, as pessoas vieram falar comigo falando que eu deveria fazer isso. E a professora me indicou um curso que a Maria Clara Machado estava fazendo na época em Copacabana. Eu fui, fiz esse workshop. Tinha uma cena para fazer, eu a fiz, e ela ficou muito impressionada e me perguntou porque não estudar no tablado. Eu falei que não podia porque trabalhava no banco, tinha que ajudar minha família. Ela me incentivou a não desistir, falou para procurar um curso que eu pudesse fazer. E eu descobri que tinha uma escola de teatro profissional no Rio de Janeiro, que hoje se chama UniRio, que na época era Fefieg (Federação das Escolas Isoladas), e eu comecei a frequentar quando saia do banco. Eu assistia as aulas clandestinamente, e fui vendo uma geração se formando, como se fazia. Então soube que teria um teste para uma peça chamada “O Último Carro”, do grupo Opinião. Eu fiz o teste e passei. Essa foi minha estreia profissional. A peça ficou muito famosa, no Rio de Janeiro, muitos diretores de cinema foram ver, porque era o Centro Popular de Cultura, o Teatro Opinião. Foi então que Carmona me chamou pra fazer um filme, e outros diretores também. De repente, eu estava no cinema que tinha na praia de Botafogo, um cinema duplo em que dois cartazes estavam com meu nome.

“A sensação que a peça ia continuar foi um alívio muito grande para mim, porque eu tive aquela perda horrorosa, que aliás está completando 50 anos esse mês.”

 

Avoador – Como foi se apresentar nessa peça de estreia profissional?

Anselmo- Eu menti anteriormente, propositalmente, porque teve uma montagem que teria sido minha estreia profissional que acabou não acontecendo por ter sido proibida pela censura da Ditadura Militar, que foi a peça “Calabar”, de Chico Buarque e Rui Guerra. Por isso a sensação que eu tive, com “O Último Carro”, foi a sensação que eu não tive com “Calabar”, que não estreou. A sensação que a peça ia continuar foi um alívio muito grande para mim, porque eu tive aquela perda horrorosa, que aliás está completando 50 anos esse mês.

“Eu fiz esse personagem (Eloína).Chocou muito em 1979.  Um ator hétero, fazendo uma cena gay com Tarcísio Meira e com Tonico Pereira. Havia beijo, trepada.  Foi uma coisa muito explosiva.”

Avoador- Nessa trajetória 50 anos, dentre as novelas, filmes, peças e os personagens que interpretou,dentre eles qual foi o mais importante para a carreira?

Anselmo- Sem dúvida nenhuma, foi a “República dos Assassinos”, onde eu faço um travesti chamado Eloína, que é um personagem que existe, é um travesti famosíssimo do Rio de Janeiro, que inclusive foi lançado um livro agora sobre ela. O roteiro foi baseado no livro do Aguinaldo Silva. Ele a conhecia e escreveu um belíssimo roteiro, em que esse personagem é grandioso e extraordinário. É um filme muito bom, que tem Tarcísio Meira, Sandra Brea, Ítalo Rossi, José Lewgoy, um elenco extraordinário, eTonico Pereira e eu. Eu fiz esse personagem, e já naquela época já apontava essa tendência ao minimalismo, à uma interpretação mais voltada para os sentimentos do que para a exteriorização. Recebi muitos prêmios. Chocou muito em 1979.  Um ator hétero, fazendo uma cena gay com Tarcísio Meira e com Tonico Pereira. Havia beijo, trepada.  Foi uma coisa muito explosiva. Hoje, não deixariam eu fazer, haveria sem dúvida uma censura, porque quem teria que fazer é um travesti mesmo. Foi muito importante, me levou a um prêmio internacional, na Colômbia, de Melhor Ator, no Festival de Cartagena das Índias.

“Eu nunca tinha feito uma novela bíblica, e pela primeira vez, eu fui chamado. Tinha terminado meu contrato com a TV Globo, um longo contrato, e a Record soube e me chamou para interpretar o Ismael na novela Gênesis.”

Avoador – Qual papel teve uma maior significância sentimental enquanto ator durante esses 50 anos de carreira?

Anselmo- Eu nunca tinha feito uma novela bíblica, e pela primeira vez, eu fui chamado. Tinha terminado meu contrato com a TV Globo, um longo contrato, e a Record soube e me chamou para interpretar o Ismael, na novela Gênesis. O Ismael é um personagem de verdade, os ismaelitas estão até hoje aí, é o fundador da nação árabe. Foi uma coisa muito significativa, e ele tinha sido feito por dois outros atores diferentes, um interpretando ele garotinho, ele jovem, quando é expulso do convívio, e quando ele volta já maduro para conquistar o lugar dele. Quando foi ao ar o personagem, foi um choque, as pessoas ficaram muito tocadas pela minha atuação e pelo personagem propriamente dito. Comecei a sentir a importância emotiva da trajetória dele, e foi muito marcante para mim, e chegou ao estágio de abrir a série “Reis”, que é uma superprodução da TV Record. Eles me deram o primeiro rei da série que foi o Guedór, o rei dos filisteus, que também foi uma coisa importantíssima. Foi um personagem que me lançou a um mundo que eu não conhecia, antropologicamente não conhecia, o mundo bíblico.

““O personagem que eu fazia, o Rei Guedór, era um sujeito extremamente estratégico, um cara com uma noção militar inédita para época. Ele planta um espião nos israelitas, que é o próprio filho dele. É algo extraordinário!”

Avoador – Nós sabemos que os atores fazem uma preparação até de meses para interpretar um papel, como é feita essa preparação e qual personagem exigiu uma preparação maior?

Anselmo- O que teve uma preparação mais trabalhada foi o Rei Guedór, na série “Reis “. Porque era uma família, era um núcleo, com a Silvia Pfeifer, e os nossos filhos que eram de atores jovens, mas de enorme talento. Nós tivemos uma coach que ficou trabalhando muito com a gente, as relações entre os personagens e a importância das ações dos personagens. O personagem que eu fazia, o Rei Guedór, era um sujeito extremamente estratégico, um cara com uma noção militar inédita para época. Ele planta um espião nos israelitas, que é o próprio filho dele. É algo extraordinário! Ele é um precursor da espionagem militar. Isso exigia, por exemplo, que eu tivesse relações diferenciadas com os personagens. Depois, quando roubam a arca da aliança dos judeus, eles sofrem uma maldição, ficam doentes, e até que devolvam a arca ficam com a doença de chagas. Passei duas ou três semanas gravando sentindo dor, com a maquiagem pesada no corpo, todo desconstruído, feio. Isso exigiu da gente uma preparação muito grande, emotiva, física, como é sentir uma dor, aquela maquiagem virar uma ferida mesmo, doer mesmo. Ele tem uma chaga no ânus, foi uma dor extraordinária, e trabalhar com isso foi realmente muito difícil.

“Eu tive uma vivência muito especial, que talvez seja um grande destaque na minha carreira, uma grande honra, que foi fazer uma dupla com um dos maiores comediantes do mundo> Não é uma opinião só minha, é uma opinião geral, sobretudo do Jô Soares, que é o Ronald Golias.”

Avoador – Dentre atores e atrizes que já contracenou, ao longo da carreira, quais poderia destacar, em termos de convivência ou de melhor contracenar?

Anselmo- Eu tive uma vivência muito especial, que talvez seja um grande destaque na minha carreira, uma grande honra, que foi fazer uma dupla com um dos maiores comediantes do mundo. Não é uma opinião só minha, é uma opinião geral, sobretudo do Jô Soares, que é o Ronald Golias. Ele me convidou para fazer dupla com ele num programa chamado “Bronco”, que ficou cinco anos no ar. Ele tinha me visto numa novela, tinha gostado e sentido uma empatia comigo, e ele me chamou para fazer a dupla. Eu era o melhor amigo do Bronco, e 99% das minhas cenas eram com o Golias. O Golias era minha referência na minha infância. Ele estourou na televisão, com a “Família Trapo”, que foi quando meu pai comprou uma televisão. A gente era viciado nesse programa. Eu assistia ao programa e, no dia seguinte, na escola, eu já estava imitando o Golias, e sofri várias punições por causa disso. Quando conheci o Golias, levei minha caderneta do colégio e falei com ele “lê a página 22, em voz alta”, e aí ele leu “o aluno Anselmo Carneiro de Almeida Vasconcelos está expulso da sala de aula de inglês por imitar o comediante Ronald Golias”.

“Para você sobreviver como um ator profissional no Brasil, e acho que em qualquer lugar do mundo, você tem que aceitar todos os desafios que aparecem para você.”

Avoador – Com relação aos gêneros, com qual deles o senhor mais se identifica, quais mais tem facilidade de fazer?

Anselmo- Não tenho essa preferência, nem escolha, nem me preparei para isso. Para você sobreviver como um ator profissional no Brasil, e acho que em qualquer lugar do mundo, você tem que aceitar todos os desafios que aparecem para você. Nunca pensei assim “vou fazer comédia”. Eu fui chamado pelo Ronald Golias, de cara fui chamado para fazer comédia com o maior comediante. O Golias tinha no programa dele um vasto elenco de atores da época, que ele chamava para trabalhar. Ali eu conheci Ivan Cury, Renata Fronzi, Nair Bello, Laerte Morrone, Felipe Levy. Era uma plêiade de estrelas já maduros, no final da carreira. Depois a Globo, começou a grade de humor com Maurício Chermann e o Carlos Manga, e eu aterrissei no programa para fazer uma participação, e fiquei 20 anos fazendo o Zorra Total. Contracenei com todos os atores que você possa imaginar, porque não tem um ator no Brasil que não tenha passado pelo Zorra. Isso foi maravilhoso, foi extraordinário. Mas, por exemplo, na República dos Assassinos, meu papel, era um papel dramático e não cômico. Na novela “Cara e Coragem”, que foi indicada ao Emmy, meu personagem era naturalista, humano, o pai do protagonista, o cara que fazia sonhos. Olha que coisa bonita, não tenho uma preferência, é o que aparece como oportunidade de trabalho.

Editora: Gabriela Nascimento

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *