Neste sábado (19/06), a cidade de Itapetinga, na região Sudoeste da Bahia, voltou mais uma vez às ruas no segundo segundo ato de protesto contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.  Dezenas e dezenas de manifestantes caminharam pelas ruas pediam o impeachment do presidente, Auxílio Emergencial,  respeito à educação públicas e mais vacinas contra a covid-19, e os integrantes do coletivo “Itapetinga Pela Vida” usavam uma camisa preta com os dizeres “vida, pão, vacina e educação”.

O movimento, que foi realizado em diversas cidade do Brasil e até no exterior, começou com uma concentração  às 8h30 no Residencial Moacir Moura. Em seguida, os manifestantes seguiram distribuindo panfletos e com discursos no carro de som pela Avenida Gerson de Oliveira até o Posto de Saúde José Luna, onde o ato foi finalizado. Ao passar em  frente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), houve uma parada simbólica para aplaudir os profissionais da saúde pelo trabalho feito no enfrentamento à covid-19. Durante todo o percurso, a organização exigiu de todos os presentes que fizessem o uso de máscara, usassem álcool se tivessem algum contato e mantivessem o distanciamento para evitar qualquer possibilidade de propagação da doença.

No trajeto,  a vereadora Sibele Nery (PT) falou sobre os integrantes do protesto e a situação do país. “Nós não pagamos ninguém para panfletar, nós estamos aqui com pessoas voluntárias, pessoas que independente do lado político-partidário, ou da entidade que representa,  que estão aqui para dizer que não aguentam mais esse governo racista, genocida, que tem tirado a vida de milhões de brasileiros.”

Este foi o segundo ato contra Bolsonaro realizados em Itapetinga, o primeiro foi dia 29 de maio. Para um dos organizadores do protesto, Pedro Soares, há uma resistência na cidade ao conservadorismo e ao coronelismo, duas características marcantes do local. “Somos 50, 80, 100 pessoas, e estamos aqui para mostrar ao vice-prefeito e a extrema direita que nós sempre seremos resistência.” Segundo ele,  a população, também indignada, demonstrou seu descontentamento com o governo apoiando o ato contra Bolsonaro. “O que mais nos chamou atenção foi a receptividade da população da nova Itapetinga.  Por onde passamos, vimos pessoas gritando junto com a gente, mostrando a sua insatisfação com o governo Bolsonaro,  que a cada dia aumenta os preços da gasolina, dos alimentos, do gás e  faz cortes na educação pública. Tenho a certeza que podemos transformar o Brasil em um país mais justo e igualitário! Viva o 19 de junho”.

O segundo dia de protesto contra Bolsonaro também foi a data em que o país atingiu a triste marca de 500 mil vidas perdidas para a doença. Itapetinga foi uma das quatro cidades da Bahia em que o atual presidente venceu nas eleições de 2018. De acordo com o Boletim Epidemiológico municipal, deste sábado, Itapetinga possui o total de 4.772 casos confirmados da doença, estando 64 desses ainda ativos,  e já perdeu 125 vidas para o novo coronavírus desde o início da pandemia.

Fotos: Simone Andrade