Nova coordenação do DCE toma posse amanhã na Uesb
Coordenador geral da chapa eleita afirma que já tem pautas urgentes a serem discutidas pelos estudantes na universidade 8 de maio de 2018 Analu Aguiar“Coragem para lutar, resistência para enfrentar!”. Esse é o lema da chapa “Kamayurá”, a escolhida pelos estudantes do campus da Uesb de Vitória da Conquista, nos dias 4 e 5 de maio, para compor a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que toma posse nesta quarta-feira, 9. A chapa saiu vitoriosa com 691 votos, 227 a mais que a concorrente, a chapa “Nossa voz”.
A nova coordenação do Diretório, que começa a sua atuação ainda esta semana, já tem pautas para serem discutidas com urgência na universidade, entre elas o remanejamento de verbas, sobretudo do setor da assistência estudantil e o cumprimento do edital de licitação para Restaurante Universitário. “Vamos reivindicar nossas pautas, junto à reitoria, trazer os estudantes, mobilizando, passando nas salas, para que as pessoas possam ver o DCE na universidade e ver que ele está atuando a favor dos alunos”, explica o coordenador geral da gestão Kamayurá, Wesley Dantas.
Como foi percebido durante a eleição, principalmente com o esvaziamento do debate entre as chapas e com o baixo número de votantes, os estudantes da Uesb estão desmobilizados. A eleição anterior para o DCE teve um total de 500 votantes a mais em relação a essa última. Quanto a isso, Dantas ressalta que existe uma descrença que não vem de agora e que os espaços de lutas políticas estão esvaziados.
O coordenador acredita que esse esvaziamento ocorreu também devido aos dias de votação terem ocorrido logo após o feriado prolongado em decorrência do Dia do Trabalho. “Os estudantes que estavam no feriado não votaram e alguns falaram que realmente não acreditam na figura do DCE na universidade, e eu acho que isso é preocupante porque o DCE é uma ferramenta de reivindicação legítima e é reconhecida pelos conselhos superiores na universidade”. Dantas afirma ainda que é nesse sentido que é preciso mostrar na prática cotidiana que é possível puxar mobilizações a partir do Diretório e levar os estudantes para a luta também por meio de espaços de formação.
Segundo o coordenador, a Kamayurá acredita na autonomia e no diálogo, mas também na independência dos estudantes frente às outras categorias dentro da universidade. Ele lembra ainda que a reitoria e o governo do estado já recusou diversas vezes dialogar com a categoria discente e que, por isso, será uma conversa difícil. “Quando o diálogo falhar, infelizmente, a gente vai ter que partir para outras metas de ação, outras mobilizações diretas”, conclui.
Foto destacada: Reprodução DCE Kamayurá