Presidente Lula escolhe Macaé Evaristo para o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania

Prima da escritora Conceição Evaristo, Macaé é deputada estadual pelo PT em Minas Gerais 9 de setembro de 2024 Arthur Vitor

O presidente Lula (PT) definiu, nesta segunda (09/09), que a deputada estadual de Minas Gerais, Macaé Evaristo (PT), será a nova ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, em substituição a Silvio Almeida, que foi demitido, na última sexta (06/09), pelas acusações de assédio sexual. O anúncio foi oficializado pelas redes sociais do presidente Lula nesta tarde: “Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”.

A nomeação de Macaé será publicada ainda hoje em edição extra do “Diário Oficial da União”, informou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República em nota.

A nova ministra tem histórico na carreira política, educação e no ativismo negro. No seu Instagram, a Macaé manifestou que está honrada em receber o convite. “Nosso país tem grandes desafios e esse é um chamado de muita responsabilidade. Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta direitos.”

Na política, ela foi Secretária Municipal de Educação de Belo Horizonte, na gestão Márcio Lacerda (PSB) de 2005 a 2012. Macaé assumiu a Secretária de Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) em 2013, exerceu o cargo até 2014. Ela foi Secretária Estadual de Educação de Belo Horizonte, na gestão de Fernando Pimentel (PT) de 2015 a 2018. A ministra foi candidata a Deputada estadual em 2018 (suplente) e em 2022 (eleita por QP) e Vereadora em 2020 (eleita por QP), pelo PT.

Na educação, como professora da rede de ensino fundamental, ela desenvolveu projetos pedagógicos em conjunto com as comunidades do entorno das escolas que trabalhou, integrou aprendizado em salas de aulas com a realidade objetiva dos estudantes, suas famílias e o território. Ela coordenou programas como implantação de Escolas Indígenas, na Escola Integrada em Minas Gerais, a Escola Integrada em Belo Horizonte e as coitas para ingresso de estudantes de escolas públicas, negros e indígenas no ensino superior, quando esteve no Ministério da Educação (MEC).

Silvio Almeida foi demitido do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania após denúncias de assédio sexual serem expostas. Entre as denunciantes está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Silvio, nega as acusações e se recusou a pedir demissão. Em nota, publicada no seu Instagram, ele classificou as denúncias como “mentirosas”, “Sou o maior interessado em provar a minha inocência. Que os fatos sejam postos para que eu possa me defender dentro do processo legal”.

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