Oficinas de evento trouxeram o aperfeiçoamento nas práticas jornalísticas e discussões teóricas relevantes

Em cinco dias, 15 oficinas foram realizadas com mais de 100 participantes no total 12 de abril de 2024 Raquel Soreira

Durante a V Semana Jornalismo Importa, realizada entre os dias 8 e 12 de abril, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), 15 oficinas foram oferecidas  no período da tarde pelos palestrantes da parte da manhã, tendo cerca de  100 participantes. Houve uma diversidade de opções aos interessados para ampliar o conhecimento sobre as práticas jornalísticas e discussões no âmbito teórico. 

Na segunda-feira (08/04), das 14h às 18h, na Uesb, foram realizadas as oficinas “Lei de Acesso à Informação”, com a presidenta da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Kátia Brembatti; “Direitos Trabalhistas e Combate à Precarização no Mercado e Liberdade de Imprensa e Direito à Informação de Qualidade”, feitas em conjunto pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves, e a presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro Cunha (Fenaj); e “Métodos e Técnicas de Pesquisa em Jornalismo”, com o presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Felipe Simão Pontes; e  “Gerenciamento de Crise em Assessoria de Imprensa”, com a jornalista Luciana Oliveira. 

Para a estudante do primeiro semestre do curso de Jornalismo da Uesb, Anna Júlia Nazco, a atividade trouxe um aprendizado relevante para sua formação de jornalista. “Eu não tinha conhecimento sobre essa Lei de Acesso à Informação (Lai). Kátia nos instruiu sobre como fazer a solicitação dessas informações com base na lei e também explicou que não devemos aceitar ser coagidos por quem fornecerá a informação.” A sua colega Vanessa Sena enfatizou que pode conhecer mais sobre a profissão jornalística. “Eu não sabia que nossa carga horária legal é de apenas 5 horas diárias; eu pensava que poderia exceder 8 horas. Além disso, outra informação que me surpreendeu foi a luta histórica dos sindicatos pela questão do diploma, algo que eu não estava ciente.”

Já a estudante do curso Jornalismo do sétimo semestre, Emily Chaves, destacou o quanto a oficina de Métodos e Técnicas vai ajudar no seu projeto do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC). “A oficina foi importante para aperfeiçoar o conhecimento em relação à escrita, pesquisa e desenvolvimento de trabalhos como artigos e projetos de TCC”.

Na terça-feira (09/04), as oficinas ofertadas foram “Jornalismo de dados”, com o diretor da Agência Tatu,  Lucas Cavalcanti Maia; “Assessoria de comunicação”, com o jornalista free-lancer, Anderson Santana, e “Como abrir o seu negócio em jornalismo”, com Anderson Couto, responsável pelos projetos da Agência Mural.

Para o discente do terceiro semestre, Vitor Barboza, os professores trouxeram novos conhecimentos, especialmente sobre o Jornalismo de dados. “Eu conheci novos sites para coleta de dados e aprendi técnicas para isso. Gostei muito da didática do Lucas ao explicar o trabalho da Agência Tatu. Ele também nos conduziu em uma atividade prática de coleta de dados para jornalismo.”  A colega do mesmo semestre, Lara Leão,  participou da oficina de Assessoria  de Comunicação.  Segundo ela, o professor foi “muito bom, além de abordar temas extremamente interessantes, ainda trouxe dinâmica para palestra, o que permitiu a interação com os alunos de uma forma muito natural e enriquecedora”.

Na quarta-feira (10/04), as oficinas foram “Jornalismo crítico-emancipatório em Adelmo Genro Filho”, com Rafael Bellan Rodrigues de Souza (Ufes), e “Técnicas e táticas de enfrentamento à violência na produção jornalística”, com Marcelo Bronosky. Para a estudante do terceiro semestre, Rafaela Leitte, o professor apresentou a obra e a teoria de Adelmo, que defende o jornalismo como uma forma de conhecimento social a partir da perspectiva do singular.  “A oficina ofereceu uma base muito aprofundada da teoria de Adelmo Genro Filho, desde práxis jornalística até a filosofia de Hegel.”

No penúltimo, quinta feira dia aconteceram as oficinas de “Educação midiática e checagem de fatos”, com Vitor Terra, da Agência Lupa; “Como combater a desinformação”, com  doutorando da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), Gilberto Scofield Jr.;  “O que o jornalismo pode ganhar (ou perder) com a PL das Fake News?”,  com o professor da Metodista, Ivan Paganotti. 

“Aprendi muito sobre o processo de checagem de fatos que desconhecia”, contou a estudante de Jornalismo do primeiro semestre, Samily dos Santos. “Foi um prazer conhecer e escutar o Victor Terra e, no final da apresentação, acabei ficando mais interessada sobre a Agência Lupa  e a temática abordada.”

No último dia, sexta-feira (12/04), encerrando as atividades das oficinas aconteceram as seguinte programação:  “Podcast”, com jornalista do site jornalista Conquista Repórter,  Afonso Ribas; “Jornalismo digital em tempos de plataformização”, com a professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Suzana Barbosa; e também “Teatro do oprimido contra a desinformação”, com o professor da Universidade Estadual do Sudoeste Bahia (Uesb), Hayaldo Copque.

O estudante do terceiro semestre, Marco Ryan Gomes, participou da oficina de Podcast e mencionou o diferencial no conteúdo. “Aprendi sobre as nuances da comunicação por áudio, especialmente a distinção entre rádio e Podcast. Também discutiu-se a natureza democrática do Podcast, que permite discussões com temas de uma forma mais livre.”  Já a colega do primeiro semestre, Sarah Andrade, da oficina de Teatro. “De todas as oficinas, essa foi a que eu mais gostei, principalmente pelo fato de ser totalmente dinâmica, ativa e participativa. Fiquei feliz em saber que o Jornalismo está inserido nesse contexto não tão óbvio para nossa área.”

Fotos: Monitores do evento

 

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