Nos semáforos de Belo Horizonte e Contagem, região metropolitana da capital de Minas Gerais, um jornalista e professor de Língua Portuguesa tem pedido por uma oportunidade de emprego. “Sou jornalista, professor, tenho um mestrado. E também uma filha para sustentar! Você pode me ajudar?”, diz o cartaz de Eduardo Guimarães, 49 anos, que teve a história publicada pelo site O Tempo.

Guimarães, assim como muitos brasileiros, têm enfrentado dificuldades desde o início da pandemia da covid-19. Foi demitido do último emprego em janeiro deste ano devido a troca de direção no local em que trabalhava. Desde então, mesmo com 28 anos de experiência em Jornalismo e outros 16 em Letras, não conseguiu outra colocação no mercado.

Na semana passada, na terça-feira (03/08), ele foi às ruas das duas cidades, em busca de alguma ajuda.

“Um mês depois eu consegui emprego em uma escola para dar aulas de português, mas o diretor me paga picado e não está pagando o salário completo. Eu não consegui pagar meu aluguel de R$ 1.000 e tive que voltar para a casa da minha mãe”, desabafa.

O jornalista e professor também postou sua situação no Linkedin: “Fui dar visibilidade à minha luta: pedir um emprego de verdade. Enviar currículo parece não resolver. Sequer respondem: ‘recebemos o documento’. Estar no Linkedin, muito menos; ter Instagram, Facebook, tampouco”, lamenta.

“Estou protestando também contra o não recebimento do salário pelo trabalhador, o mau patrão. Está dando muita repercussão”, conta Guimarães, que planeja ir aos principais semáforos dos centros de Belo Horizonte e Contagem a fim de chamar atenção para sua situação.

Eduardo Durães também é mestre em Estudo de Linguagem pelo Centro Federal de Educação Tecnológica em Minas Gerais (Cefet-MG). Seu telefone para contato é :(31) 97302-8082.

Fonte / Foto: Arquivo pessoal