Jarderson, o vendedor de “jóias” doces inspirados na gastronomia francesa

Em parceria com a esposa Pâmela Karine Bezerra, ele criou a Dolce Pâtisserie e revende seus produtos pelas ruas de Conquista e por delivery 14 de outubro de 2022 Alice Santiago, Karen Alves, Nadiane Santos, Sara Dutra

Com um terno com gravata borboleta e uma maleta, Jarderson Beethoven Moreira Bezerra, 35 anos, sai todos os dias pelas ruas de Vitória da Conquista, entre as 15h e 18h, para vender os quitutes produzidos na Dolce Pâtisserie, empresa que criou juntamente com sua esposa, Pâmela Karine, 28 anos. Seus doces, baseados na gastronomia francesa, tem conquistado apreciadores por onde passam. 

Natural de Caruaru, Pernambucano, ele mudou para Conquista há quatro anos, mas o interesse pela cidade surgiu bem antes. Em 2012, ele passou por aqui e ficou encantado. “Acho Conquista uma cidade com boas oportunidades de emprego”.

Ele é casado há 10 anos com Pâmela que é de Baixo Guandu, no Espírito Santo, e tem família em Conquista. A ideia da Dolce Pâtisserie surgiu da compulsão da esposa por doces, que a deixava com ansiedade. Durante um período, ela vendeu trufas simples e salgados para complementar a renda do emprego de secretária. Daí ambos passaram a fazer experiências gastronômicas com doces, e até salgados diferentes, em busca de uma opção com menos açúcar e que fizesse menos mal à saúde. 

Depois de uma longa pesquisa, eles encontram o Choux Cream, um clássico doce francês. Em seguida, descobriram uma confeitaria na cidade de São Paulo que oferecia um curso sobre o produto. O casal então se especializou e passou a produzir um tipo de doce diferenciado na cidade. Com o Choux Cream, como principal produto, outros doces e combinações surgiram. 

Além dos diferentes produtos, Jarderson também desenvolveu uma maneira peculiar de vender seus produtos de porta em porta, o terno e a maletinha personalizada de doces. “A ideia veio da Pâmela, pois o traje tinha que estar de acordo com as joias que contém dentro da maletinha. Levo comigo uma pequena amostra da essência da Dolce Pâtisserie, para que nos conheçam de uma maneira mais próxima, criando laços e novas experiências.”

Os doces também são uma atração à parte. Eles são fruto de combinações gastronômicas e nomes peculiares. Cartola de Engenho é o doce de banana com queijo; Pérola Negra, de tâmara com compota de morango; Asterix: trufa de paçoca com caramelo salgado; Obelix: trufa de coco com amêndoas; Dengo: brigadeiro de quindim com geleia de maracujá; as trufas La Belle e Matcherry; Bombamisù; cremoso de mascarpone e ganache de café; e o biscoito belga Speculoos. “Na loucura, a gente fica tentando shippar o nome dos doces ou tentando imaginar com o que ele parece”, conta sorrindo. “Asterix, por exemplo, vem da ideia de ele parecer um asterisco, e lembra o nome de um personagem do filme francês Asterix e Obelix. Já o Obelix, a gente já tinha esse nome como ideia por conta do Asterix, só precisávamos procurar qual seria o doce a ser nomeado”.

Atualmente, a Dolce tem dois anos de mercado e a esposa de Janderson não tem mais compulsão por açúcar, após passar por um terapeuta e encontrar um equilíbrio. Além disso, eles dizem que a culinária da Dolce Pâtisserie funcionou também como um tipo de terapia alternativa. O casal ainda não possui um ponto físico, trabalham pelo delivery no Ifood e com as vendas no Centro e no bairro Candeias. “De manhã, estamos produzindo os doces para a maletinha e, à tarde, saio para vender. À noite, funciona o delivery, de segunda à sexta, e no domingo também.”

Jarderson e Pâmela tem como renda familiar apenas a empresa de doces. Antes ele era funcionário de uma loja de tecidos, em Caruaru, Pernambuco, até o ano de 2015. Já ela, atuava como secretária de uma escola de música. A ideia de pedir demissão veio da vontade de trabalhar por conta própria: “poder fazer meu próprio horário e sem pressão foi libertador”, disse Jarderson.

Com criatividade, bom gosto e dedicação, Jarderson tem levado uma experiência gastronômica doce diferenciada pelas ruas de Conquista. “Todo dia tem fornada fresquinha”. A empresa do casal, pela qualidade do quitude que produz, tem potencial de ainda conquistar mais e mais clientes.  Fotos

Fotos: Sara Dutra

2 respostas para “Jarderson, o vendedor de “jóias” doces inspirados na gastronomia francesa”

  1. Ingrid disse:

    Inspiradora a história.

  2. Marcio Jonanthan disse:

    Boa noite a todos que fazem avoador quero Parabenizar em Especial ao Santiago, Karen Alves, Nadiane Santos, Sara Dutra pela Reportagem feita com Jarderson.
    Sua Trajetória de Empreendedor vem de Berço com seus Avós Paternos e Maternos. Realmente seus Doces são diferenciados e feitos com muita Dedicação, Amor.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *