Israel Peixoto me procurou há dois anos dizendo que tinha sonho: participar do Site Avoador. Ele acalentava também o sonho de ser jornalista. Não conseguiu ir estudar em Vitória da Conquista e fazer Jornalismo, mas não deixou de continuar a desenvolver o seu intelecto, em Itapetinga.

Durante quase dois anos, ele esteve no grupo de Whatsapp participando junto com os estudantes do curso de Jornalismo. Quando tinha uma sugestão, me enviava diretamente no privado. Conversamos muitas vezes, especialmente, durante as eleições de 2022, quando manifestou diversas vezes a preocupação com o futuro do Brasil. Ambos lutamos pela derrota de Bolsonaro. 

Eu não o encontrei  pessoalmente, mas eu o conhecia muito. Conhecia a maneira como enxergava o mundo, seus ideais e suas dores. Sim, muitas vezes ele também me falou o quanto era difícil a sua vida, o quanto era complicado vencer os desafios diários e das dificuldades de locomoção. Mas isso nunca o limitou a ter projetos, realizar atividades e ter um propósito de vida.

Israel era um grande ser, educado, audacioso e inteligente em um corpo que não o acompanhava. Muitos estudantes, jornalistas e colunistas já passaram pelo Avoador, mas ele deixou o seu legado para todos/todas/todes: as palavras por meio dos seus escritos.

A equipe fez uma seleção dos artigos para que possamos relembrar e valorizar o nosso colunista Israel Peixoto:

Setembro verde: oportunidade para refletir sobre o capacitismo que habita em todos nós; 

Acessibilidade diz respeito a qualquer pessoa;
Ter uma deficiência custa caro;
Kirk Willams: um pessoa sem limites para viver;
Governo Bolsonaro e sua política ineficiente para à população PCD.

Descanse, Israel! Você é um ser de luz!