2 de julho em Salvador tem multidão no cortejo e a presença de cinco pré-candidatos à presidência

Enquanto cinco pré-candidatos participaram separadamente do cortejo cívico no Largo da Lampinha, Jair Bolsonaro ficou afastado no Farol da Barra 4 de julho de 2022 Da Redação

No Dia da Independência da Bahia, 2 de julho,  a capital da Bahia, Salvador, foi palco de uma eclética celebração: atos oficiais, protesto de movimentos sociais, ativa participação popular e ainda contou com a presença de cinco pré-candidatos à presidência da República,, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sofia Manzano (PCB), Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Do Cortejo, iniciado no Largo da Lapinha, que reuniu uma multidão, aos militantes petistas na Fonte Nova e aos bolsonaristas na motociata, no Farol da Barra, a data foi histórica. 

A comemoração oficial começou às 6h, com a queima de fogos no Largo da Lapinha. Em seguida, houve o hasteamento das bandeiras e a deposição de flores no monumento do General Labatut. Todos os atos contaram com a presença do prefeito de Salvador, Bruno Reis. A partir das 9 horas, iniciou-se a primeira parte do cortejo, no Largo da Lapinha, que seguiu pelo Centro Histórico da capital baiana em direção à Praça Thomé de Souza (Praça Municipal). Nesse trajeto, de quase cincos horas de caminhada, houve homenagens aos heróis da independência feitas pelo Convento da Soledade, Ordem Terceira do Carmo e Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Corporações militares, como os bombeiros, e escolas da rede municipal também estiveram presentes. 

O percurso contou ainda com movimentos sociais, sindicatos e associações. Entre eles, o Fórum das Universidades Baianas, que congrega Uesb, Uesc, Uneb e Uefs, esteve presente. Com o tema “A educação não combina com tiranos”, mais de 200 professores, das quatros instituições, denunciaram a falta de diálogo do governador do estado, Rui Costa (PT), que tem se recusado a negociar com a categoria há mais de 800 dias. De acordo com o Fórum, a reivindicação dos docentes é por um reajuste que recomponha as perdas salariais acumuladas nos últimos sete anos. Da Uesb, marcaram presença mais de 20 professores.

O Cortejo contou ainda com a presença do ex-presidente e atual candidato à presidência, Lula, que esteve  no Largo da Lapinha e foi cercado por apoiadores. Ele foi acompanhado do pré-candidato a vice-presidência Geraldo Alckmin (PSB), o governador Rui Costa (PT), o candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT), e o senador candidato à reeleição Otto Alencar (PSD). Depois, Lula e os demais políticos foram para a Arena Fonte, onde esperavam cerca de 20 mil pessoas, entre militantes e simpatizantes.  

“Aqui, a Independência foi feita com sangue e com morte de negro, de indígena, de padre, de freira, e do povo trabalhador que lutou para expulsar os portugueses. Então, é isso que você vê: não é um desfile militar, é um desfile do povo. Isso significa Independência”, disse Lula, durante o trajeto à Folha de S.Paulo

Sofia Manzano também participou de todo o cortejo com membros do partido. Segundo ela, o 2 de Julho é uma festa popular de extrema importância para o povo brasileiro pela sua real independência. Eu sempre venho no 2 de Julho em Salvador, e neste ano, especialmente, tinha que comparecer para apoiar a luta popular pela nossa independência, a independência da classe trabalhadora”, disse a pré-candidata.

Também esteve na atividade do Largo da Lapinha o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, junto com militantes de líderes do partido no estado, como Félix Mendonça, que é presidente da legenda na Bahia, e o pré-candidato a deputado federal Léo Prates. Ciro não acompanhou o aliado local ACM Neto (União Brasil), pré-candidato a governador que terá o apoio do PDT, que desfilou sem nenhum presidenciável. O ex-prefeito de Salvador adotou um discurso de neutralidade em relação à eleição nacional.

“Sangue de brasileiros e baianos foi derramado para construir a nação brasileira e sua Independência. E isso a gente tem que rememorar hoje porque o Brasil está sendo de novo vendido ao estrangeiro. Nosso país está destruído com uma crise econômica e social, a mais grave da história”, afirmou Ciro à Folha de S.Paulo. 

No cortejo, Ciro se encontrou com a também pré-candidata à presidência Simone Tebet (MDB), que estava acompanhada do ex-deputado Roberto Freire, presidente do Cidadania, que compõe a chapa de Tebet. 

Distante 6 km da Lapinha, apartado dos demais, estava o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que também esteve em Salvador no mesmo dia, mas não foi ao Cortejo. Ele participou de um ato com apoiadores no Farol da Barra, e após seu discurso em cima de um trio elétrico, partiu em um motociata pelas ruas da cidade junto com o pré-candidato a governador da Bahia João Roma (PL) e Raíssa Soares, pré-candidata a senadora também pelo PL. 

O presidente, em discurso, mencionou a data da Independência da Bahia e fez uma defesa da liberdade em uma referência às eleições. “O que está em jogo neste ano é o bem-estar e a liberdade de cada um de nós. Tenho certeza que, se preciso, tudo faremos para que a nossa Constituição, nossa democracia, e nossa liberdade venham a ser preservadas”, disse.

A população participou ativamente do cortejo cívico, com roupas típicas, como as baianas, indígenas e orixás; com cartazes de protestos, como o questionamento do real fim da escravidão dos negros; e prestigiando nas calçadas e sacadas. 

Durante as celebrações, não houve nenhum incidente envolvendo os diferentes adversários políticos e seus seguidores em Salvador. A Polícia Militar esteve presente em todas as atividades. 

Entre os candidatos, Lula é o candidato que tem reforçado a sua segurança, tendo sido inaugurado,, desde o dia 26 de junho, uma estrutura reforçada para eventos fechados. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

2 de Julho

A Independência do Brasil na Bahia celebra a vitória dos baianos após 17 meses de batalha contra as tropas portuguesas, que contribuiu para concretizar a separação política do Brasil de Portugal. 

Apesar da vitória, milhares de baianos morreram na batalha, como Joana Angélica, considerada mártir por defender os que se escondiam no convento da Lapa.

A data é celebrada todos os anos em um cortejo no qual participam bandas de fanfarra, de percussão e grupos folclóricos, com a celebração d.as figuras do caboclo e da cabocla, que representam o surgimento da nação e lembram a miscigenação brasileira.

Com informações de iBahia, Correio e Fórum das ADs

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