Bahia tem a maior taxa de desemprego do Brasil, diz pesquisa do IBGE

São cerca de 1,386 milhão de baianos sem ocupação no primeiro trimestre deste ano 27 de maio de 2021 Sara Dutra

Nos três primeiros meses de 2021, a Bahia registrou o maior índice de desemprego do Brasil, 21,3%. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada trimestralmente, que foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (27/05).

A taxa de desocupação se refere a pessoas de 14 anos ou mais que não trabalham e estão à procura de emprego, em relação ao total de pessoas que estão trabalhando. De acordo com o IBGE, na Bahia, o novo recorde é resultado do aumento do número de pessoas que não estavam trabalhando e passaram a procurar trabalho no estado, que corresponde a 1,386 milhão de pessoas somente no primeiro trimestre deste ano.

Além das pessoas que estão fora do mercado de trabalho, tem também os desalentados, que são pessoas que não estão trabalhando e que também desistiram de procurar emprego, por não ter experiência, ser muito jovem ou muito idosa, ou por não encontrar trabalho no local onde mora. Nos três primeiros meses de 2021, havia 786 mil pessoas desalentadas na Bahia. O estado tem o maior número de desalentados ao longo de toda a série de estudos da PNAD Contínua, desde 2012.

A pesquisa também identificou que as regiões Norte e Nordeste apresentaram a maior taxa de desemprego no primeiro semestre de 2021. O Norte alcançou 14,8% de pessoas desempregadas, um aumento em relação ao no último trimestre de 2020, que a taxa ficou em 12,8%. Já no Nordeste, de 17,2% para 18,6%, a maior taxa já registrada desde 2012,

“Norte e Nordeste tiveram aumento significativo da procura por trabalho no primeiro trimestre de 2021, elevando a taxa de desocupação nessas duas regiões. Nas outras regiões, o cenário foi de estabilidade na desocupação e na ocupação na comparação trimestral”, explicou a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, em entrevista ao G1.

Foi observado pelo IBGE que, comparando o primeiro trimestre de 2021 e o último trimestre de 2020, houve um pequeno aumento no número de pessoas que trabalham por conta própria, de 10,574 milhão para 1,613 milhão, e no número de empregados sem carteira assinada, de 886 mil para 894 mil, ainda no estado da Bahia.

O rendimento médio real mensal, ou seja, a soma dos rendimentos de trabalho de todas as pessoas ocupadas do estado, também caiu. Neste ano, o rendimento ficou em R $1.597,00, o terceiro mais baixo entre todas as outras 27 federações do país. No último trimestre de 2020, esse valor era de R $1.652,00. Isso aconteceu devido a baixa no número de trabalhadores.

 

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