Nesta quinta-feira (16\10), o escritor Daniel Munduruku participou da mesa literária: “Literatura e Liberdade: Oralidades Atlânticas”, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, na Fliconquista. A mediação ficou com o músico Elton Becker.

Foto: Vinicius Brito

Segundo o escritor, a literatura dos povos originários, os povos indígenas, têm contribuído para a identidade brasileira, que ainda precisa reconhecer as narrativas ancestrais. “O Brasil precisa olhar o seu passado para entender o seu lugar no mundo. Não saber que o país é diverso é ficar na escuridão.”

Daniel Munduruku é doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), tem mais de 50 livros publicados no Brasil e no exterior, a maioria voltada para o público infanto-juvenil – entre eles, o renomado Histórias de Índio. Em 2023, ele comemora 27 anos de carreira.

O bate-papo durou duas horas. Convidado fez uma breve explanação sobre seu trabalho e a cultura do povo indígena. Em seguida, o mediador fez algumas perguntas e abriu para a plateia, que também participou ativametne.

A designer Ad Novaes, que estava na plateia, ressaltou o entusiasmo em estar em uma feira literária em Conquista e por trazer um escritor indígena. “Acho importante a feira trazer falas como a de Daniel, pois precisamos ouvir sobre essas outras vivências. Quando escutamos toda a sabedoria e vocação da ancestralidade, é emocionante”.

Foto: Vinicius Brito

O mesmo sentimento de satisfação com a FliConquista foi compartilhado professor Paulo Henrique. “O evento é um grande marco. Essa palestra dos povos originários se relaciona exatamente com o tema da FlConquista “Literatura e Liberdade”, que é liberdade de expressão e liberdade de mostrar outras culturas.”

Foto: Vinicius Brito