Festival da Uesb valoriza a arte e a cultura universitária

As atividades teatrais, exposições e musicais aconteceram nos três campus da universidade 11 de outubro de 2023 Dyana Freire, Gabriela Nascimento e Lara Leão

Desde a última segunda-feira (09/10), no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) está com as atividades da terceira edição do Festival Universitário Intercampi de Cultura e Arte (FUICA), que este ano tem como tema “A Revolução Pelo Diálogo”, em desenvolvimento. São três dias de valorização da cultura e da arte universitária.

A abertura do evento foi em Vitória da Conquista,  no Centro Cultural Camilo Jesus Lima, e contou com a presença da pró-reitora de Ações Afirmativas Permanência e Assistência Estudantil (Proapa), que fez também uma apresentação teatral,  e  o reitor da universidade, o professor Luiz Otávio Magalhães, a pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários. Na ocasião, mais de 150 pessoas estiveram presentes e prestigiaram a exposição de fotografias de estudantes dos três campus  da Uesb e o teatro com o ator Vicente di Paulo, a autora Horrana Quetile, o psicólogo Gabriel Max.

A professora Adriana Amorim, pró-reitora, também é atriz, diretora e dramaturga, disse que o Fuica é um espaço para a arte na Uesb, dando protagonismo às produções dos estudantes. “Isso é muito importante. Estamos dando palco para a grande revolução que os estudantes já estão fazendo.”

A expografia: “Maré Minha”, de autoria da estudante Rafaella Sthefany, trouxer a descoberta do amor e vivências de afeto subjugadas por uma sociedade racista. Já “Nimbus”, de Patrícia Moreira, convidou o público a uma viagem introspectiva, desafiando amplas percepções e interpretações no âmbito da espiritualidade.  A obra de Diara Oliveira, “Procrastinando o Ato de Engolir Seus Sentimentos de Volta”, apresentou a dificuldade da aceitação em um processo emocional. A autora da expografia  “A Ausência no Amor”,  Horrana Quetile afirmou que a partir das suas obras ela conseguiu realizar algumas provocações para o mundo artístico.

O reitor da Uesb, Luiz Otávio Magalhães, ressaltou a importância do evento para a comunidade acadêmica e externa à instituição. “O Fuica é a continuidade de um projeto que vem sendo acalentado há algum tempo no âmbito da universidade. É um projeto de construção, de alternativas institucionais, de fomento à arte e a cultura no interior da universidade.”

Para o ator Marcos Duarte, o Fuica é uma celebração artística ao envolver diversos segmentos artísticos, como a dança, a música, as artes visuais e o teatro. “O público que vem prestigiar um momento como esse só pode sair daqui transformado, com a riqueza que um evento como este proporciona.”

O vereador por Vitória da Conquista e professor universitário, Alexandre Xandó, também presente na noite do dia 9 de outubro, na abertura, destacou a necessidade de eventos como esse para a comunidade externa à Uesb.  “A arte e a cultura abrem os nossos horizontes para sonhar, para sermos criativos e imaginar de forma utópica.”

O evento também teve a participação da produtora do FUICA e egressa do curso de Cinema e Audiovisual da Uesb, Hendye Gracielle.  que falou sobre o evento de forma mais ampla, citando os tipos de atividades que serão encontradas nos três campus da universidade. Segundo ela, a música, a dança, o teatro, o circo e o audiovisual estão presentes nos três dias do festival. Ademais, Hendye enfatizou a importância dos direitos culturais e sua efetivação no âmbito das Universidades Públicas.

Adriana Amorim encerrou a abertura do evento noite com apresentação do “Solo Compartilhada”.  A peça discutiu a solidão da mulher, mostrando como é difícil viver uma vida sozinha. Durante o monólogo, a artista buscou mostrar que seres humanos erram e acertam, levando o público às gargalhadas em certos momentos.

No segundo dia do Fuica, dia 10 de outubro, em Conquista, a programação foi realizada  no campus da Uesb na Praça de Convivência, onde aconteceram os espetáculo de dança “Velho e novo mundo”, com Emilio Cesar Oliveira, o “Canto de liberdade” com Levi Silva, o “Ritmo Urbano expressões de dança” com Claudio Antunes Santos, e o “Samba Rose” com aula espetáculo Lucélia Lima e Mestre Dendê. Logo depois, houve o debate sobre “Música, Literatura e Cultura em diálogo”, com os artistas que se apresentaram anteriormente.

 No segundo dia do Fuica, dia 10 de outubro, no Campus da Uesb de Jequié, aconteceram as oficinas de desenho “Fundamentos de desenho da figura humana”, com Gustavo Cirino e oficinas para estudantes do Ensino Fundamental “Histórias e Culturas Afrobrasileira e Indígenas na Escola”, com os Petianos do Peri Direitos Humanos, “Pontos Revolucionários, uma introdução ao bordado livre”, com Isabela Reis.  No Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, ainda à tarde, aconteceu o teatro infantil “Samba de Cá”, com Cissa Dias.

 À noite, foram realizadas as apresentações teatrais dos “Os Gatos Selvagens” com  Diego Vieira, “Passá- tempo” de Romis Ribeiro  e “Dá o Passo”,  com Má-teus Alves.

Ainda em Jequié, no dia 10 de outubro, no Centro de Cultura Antônio Carlos Magalhães (ACM), às 18:30, ocorreu os espetáculos teatrais “O Trem”, de Igor Andrade Santos, e “Águas de Sentimentos”, do Coletivo Ciganas, Cigarras e Cirandas. Logo após, o público acompanhou a exibição de curtas-metragens no Cine Memórias “O sonho continua” de Paulo José, “Makena” de Arno Bukanowsky e “Pensei em Você” de Matheus Mattos.

Em Itapetinga, no dia (09/10), às 19h, no auditório do campus da universidade, o público teve o show de abertura com o músico e compositor, Lúcio Paulo, e o estudante Jônatas Ashbel. Em seguida, o evento teve as apresentações de dança “Canto de Liberdade”, do estudante Levy Silva, e “Ritmo Urbano: Expressões de Dança”, do estudante  Cláudio Júnior. Também foi realizada a exposição de artes visuais do estudante, Romário Santos Oliveira, e a apresentação de cordel “A Revolução pelo Diálogo”, com o cordelista Eduardo Fiscina. Por fim, a plateia contou com a apresentação do Grupo de Teatro Retalhos Teatrais com o Tributo Raul Seixas. 

Já no segundo dia (10/10), no Campus da Uesb de Itapetinga durante o dia, foram realizadas as oficinas de “Técnicas Teatrais” com Rafael Brandão e a oficina de “Teatro do Oprimido: Por uma arte Popular”   de Felipe Bonfim. Às 18h, na Praça de Conveniência aconteceu o Combo das Artes no “CineCores- Mostra Audiovisual.

No último dia (11/10) do FUICA, no campus da Uesb de Itapetinga, a partir das 18h, foi realizada a noite de encerramento do Festival. A programação do evento também contou com a “Batalha de Hip- hop”, com MC Desestmei, a “Roda de Capoeira” e “Samba de Rosa”, com Mestre Tia Su- Grupo Viva Zumbi. Nesse dia, também foi possível conferir a exposição da obra “Um terço de quinze”, de Roma, que ficou disponível por dois dias.

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