Morre o humorista e apresentador Jô Soares aos 84 anos

Ele estava internado desde o dia 28 de julho em São Paulo 5 de agosto de 2022 Victória Meira Amaral

Na madrugada desta sexta-feira (05/08), morreu Jô Soares, em São Paulo, aos 84 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde o dia 28 de julho e a causa da morte não foi divulgada. 

O anúncio da morte foi feito por Flávia Soares, ex-esposa de Jô, por meio de suas redes sociais. “Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos.” 

Com tom de humor e crítica, os trabalhos de Jô Soares vão da literatura à televisão, passando pelo teatro e cinema. Além de apresentador, humorista e ator, como era conhecido por grande parte do público, ele também era escritor, diretor e roteirista. 

Nascido no Rio de Janeiro em 1938, José Eugênio Soares estudou durante a infância em um colégio interno, e dos 12 aos 17 morou na Suíça, onde passou a ter interesse em shows e teatro. De volta ao Brasil, começou a frequentar o teatro e estreou na televisão em 1958, no programa “Noite de gala”, da TV Rio. 

Escreveu e atuou em programas da TV Continental, e na TV Tupi fez participações no “Grande Teatro Tupi”. Em 1960, Jô Soares foi para TV Record onde escreveu e atuou em diversos programas, sendo “A família Trapo” o de maior destaque, sitcom que começou como roteirista e que depois lhe rendeu o papel do mordomo Gordon. 

Jô começou a trabalhar na TV Globo em 1970, onde iniciou como roteirista e ator no programa “Faça amor, não faça guerra”. Em 1973 participou do programa humorístico “Satiricom”, e 4 anos depois virou redator e ator de “Planeta dos homens”. No ano de 1981, começou a se dedicar ao projeto “Viva o Gordo”, programa que lhe rendeu destaque nacional pelos personagens como Capitão Gay, Reizinho e Zé da Galera. 

Quando saiu da Globo, em 1987, foi para o SBT onde ficou por 11 anos com seu talk show “Jô Soares Onze e Meia”. No ano de 2000, retornou à Globo e apresentou o “Programa do Jô” até 2016, quando se aposentou. Sobre apresentar talk-shows, ele afirmou que “Acho que descobri, também sem querer, a grande vocação da minha vida, a coisa que me dá mais prazer, mais alegria de fazer. Eu me sinto muito vivo ali. A maior atração do mundo é o bate-papo, a conversa.” 

No teatro, Jô ficou conhecido pelos seus monólogos, sendo os de maior sucesso “Ame um Gordo Antes que Acabe” (1976), “Um Gordo em Concerto” (1994) e “Na Mira do Gordo” (2007). Ele ainda trabalhou no cinema em mais de 20 obras, e chegou a dirigir o filme “O pai do povo” de 1976. 

Jô Soares já contribuiu escrevendo artigos para jornais e revistas, como “O Globo”, “Folha de São Paulo”, “Manchete”, e na “Veja” chegou a assinar uma coluna entre 1989 e 1996. Estreou sua carreira como autor de livros com a coletânea de crônicas “ O astronauta sem regime” (1983), e a partir daí escreveu mais 4 livros: “O Xangô de Baker Street” (1995), “O homem que matou Getúlio Vargas” (1998), “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” (2005) e “As Esganadas” (2011).

Com informações do G1

Imagem em destaque: Tiago Queiroz/Estadão.

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