MP entra na Justiça por fraude nas eleições municipais de Conquista
O MP solicita a inelegibilidade de 25 pessoas e a cassação dos diplomas/registros dos candidatos eleitos 18 de dezembro de 2020 Denilson SoaresO Ministério Público Eleitoral (MP) entrou com uma ação na Justiça por fraude eleitoral nas eleições municipais de Vitória da Conquista. A denúncia diz respeito a fraude nos 30% destinados às cotas de gênero nos partidos.
Para o promotor de Justiça José Junseira Oliveira, as candidaturas de Jaqueline Rocha Santos e Fabiana Lima Lopes ao cargo de vereador foram fictícias. Elas serviram apenas para cumprir a cota de gênero do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).
As duas mulheres se candidataram e foram deferidas pela justiça eleitoral. No entanto, segundo o promotor, elas não tinham interesse real em se candidatar “O requerimento do registro de candidatura foi apenas para que o PRTB atendesse a exigência legal da cota de gênero, consistente em 70% para um gênero de 30% para o outro, no mínimo”, explicou.
O promotor constatou também que os esposos das duas mulheres foram também candidatos ao cargo de vereador e que ambas não pediram votos para si, nem fizeram menção à própria candidatura nas redes sociais. Elas fizeram apenas propaganda eleitoral dos maridos. Outro dado é que as mulheres não tiveram um único voto, o que indica que nem elas votaram em si mesmas.
Para o promotor, as candidaturas possibilitaram ao PRTB fraudar e alcançar a cota de gênero e, assim, registrar candidatos ao cargo de vereador nas eleições municipais deste ano de 2020. “Caso não tivesse fraudado a cota de gênero, o PRTB sequer teria podido participar das eleições proporcionais, o que revela típico caso de abuso de poder político-partidário”, argumentou na ação apresentada.
Fonte: Aratu On
Imagem em destaque: MP Conquista