Circula em grupos de Whatsapp um vídeo em que o prefeito da cidade de Alcobaça, na Bahia, a 517 km de Salvador, Givaldo Muniz, mais conhecido como Zico de Baiato, aparece cercado de policiais e com gritos de golpista ao fundo. Em mensagem encaminhada junto ao vídeo, a descrição da situação apresenta o prefeito como pertencente ao Partido dos Trabalhadores e que, por ter roubado R$30 milhões, estaria sendo preso. A pedido de seguidores do site Avoador, a editoria Xereta realizou a checagem do conteúdo. Confira a seguir o trabalho da editoria.

A informação é FALSA. O primeiro passo da checagem foi descobrir o nome do prefeito da cidade de Alcobaça, já que na mensagem não é mencionado. Pesquisamos então no Google com as palavras: prefeito, Alcobaça, Bahia e TSE. A primeira referência é o do site de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde descobrimos que o nome do prefeito é Zico de Baiato e que ele é do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), e não do PT como dito na mensagem. 

Em seguida, voltamos ao Google para investigar o conteúdo da primeira frase da mensagem: “Prefeito do PT preso em Alcobaça”.  Encontramos em um site da cidade de Teixeira de Freitas, próxima a Alcobaça, as informações a respeito da situação apresentada no vídeo. 

No site Teixeira Urgente, o vídeo está publicado e mostra o prefeito de Alcobaça sendo escoltado por policiais militares ao sair da sede da Prefeitura da cidade, no dia 6 de outubro. Segundo a publicação, o motivo do escoltamento foi o protesto dos professores representantes da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB), que não foram recebidos pelo prefeito para uma reunião marcada por ele.  

A reunião foi solicitada pelos professores para esclarecimentos sobre o pagamento do precatório dos profissionais, que não foi realizado. A reunião não aconteceu e por isso os profissionais protestaram contra o prefeito, chamado de golpista. 

Segundo a Agência Câmara de Notícias, precatórios são dívidas do governo com sentença judicial definitiva, podendo ser em relação a questões tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o poder público seja o derrotado. 

Portanto, a equipe da Editoria Xereta atribuiu ao material checado o selo de FALSO, uma vez que foi verificado que o prefeito de Alcobaça não é do PT e não estava sendo preso no momento em que o vídeo foi gravado. 

Apuração: Victória Meira Amaral