A jornada do escritor no Brasil
Em seu livro-reportagem, a autora Kátia Regina Souza conta a história da literatura nacional de fantasia, terror e ficção científica por meio de entrevistas com escritores, editores, críticos e pesquisadores do mercado editorial 30 de novembro de 2019 Ricardo Santos“A fantástica jornada do escritor no Brasil” é um livro muito útil para o leitor conhecer mais sobre os bastidores da literatura fantástica nacional e é obrigatório para o autor que pretende fazer parte dela. A escritora Kátia Regina Souza nos conta, em formato de livro-reportagem, a história recente da literatura nacional de fantasia, terror e ficção científica. Ela entrevistou mais de cinquenta pessoas, entre escritores, editores, críticos e pesquisadores, para falarem sobre suas experiências e avaliações do passado e do futuro dessa parcela do nosso mercado editorial. É uma história de desânimo, derrotas, desistências e prejuízos, por um lado. E de desafio, conquistas, fortalecimento e crescimento, por outro.
A maior contribuição do livro é revelar a verdade nua e crua. Ser escritor no Brasil é difícil. Ser escritor de literatura fantástica é pior ainda. Mas também há outra realidade: o autor nacional de literatura fantástica é muito dedicado, procurando sempre se aperfeiçoar e se profissionalizar para apresentar ao leitor um produto tão bom quanto os demais livros no mercado, em conteúdo e forma, nacionais e estrangeiros.
Os capítulos de “A fantástica jornada do escritor no Brasil” são divididos emulando as etapas da Jornada do Herói, teorizada pelo acadêmico Joseph Campbell, autor de “O herói de mil faces”, e popularizada pelo roteirista e professor Christopher Vogler, em seu livro “A jornada do escritor”. Kátia Regina Souza mostra o caminho da escrita, do manuscrito à publicação. Na verdade, os caminhos considerando a autopublicação, a publicação tradicional, as plataformas digitais e a contratação de vanity presses, as polêmicas editoras pagas.
O livro também tem um aspecto de utilidade pública. Alerta autores, principalmente, em início de carreira, a refletir melhor sobre suas opções e evitar ciladas, além de dar preciosas dicas de como deve ser a postura de um escritor profissional que busca reconhecimento no meio e entre os leitores. “A fantástica jornada do escritor no Brasil” é uma leitura fluida com pouquíssimos erros de revisão. O texto é bem editado, deixando o conteúdo relevante e dinâmico.
Terminado o livro, podemos chegar às seguintes conclusões, principalmente, para quem acompanha a literatura fantástica nacional como leitor: 1) O melhor dessa literatura no Brasil está sendo produzido por autores independentes e pelas pequenas editoras, salvo raras exceções; 2) O mercado da literatura fantástica nacional ainda está atrasado, mas há uma tentativa constante de recuperação, pelo esforço de muitos autores e de algumas editoras; 3) Esse esforço está chamando atenção, já há algum tempo, do mercado editorial como um todo; 4) Mas isso não é garantia de crescimento no automático. A história ensina que não existe essa coisa de evolução contínua, a oscilação é um quadro mais realista; 5) A literatura fantástica nacional está sendo mais estudada na academia, quebrando, aos poucos, uma barreira de longa data; e 6) O leitor brasileiro, pelo menos aquele acostumado a ler, cada vez mais, está entusiasmado pelos autores nacionais de literatura fantástica, num universo em que os autores estrangeiros têm um apelo muito forte.
*Ricardo Santos é escritor, editor e servidor público. Nasceu em Salvador e é formado em Jornalismo pela Uesb. Ele possui um blog e seus contos foram publicados em sites, coletâneas e revistas, como Somnium e Trasgo. Organizou a coletânea Estranha Bahia (EX! Editora, 2016; 2ª edição 2019), finalista do prêmio Argos. Também é autor do romance juvenil Um Jardim de Maravilhas e Pesadelos (2015) e do livro de viagens Homem com Mochila (2018). Seu mais recente livro é a coletânea Cyberpunk (Draco, 2019).
Imagem de capa: Pixabay
[…] *Ricardo Santos é escritor, editor e servidor público. Nasceu em Salvador e é formado em Jornalismo pela Uesb. Ele possui um blog e seus contos foram publicados em sites, coletâneas e revistas, como Somnium e Trasgo. Organizou a coletânea Estranha Bahia (EX! Editora, 2016; 2ª edição 2019), finalista do prêmio Argos. Também é autor do romance juvenil Um Jardim de Maravilhas e Pesadelos (2015) e do livro de viagens Homem com Mochila (2018). Seu mais recente livro é a coletânea Cyberpunk (Draco, 2019). […]
[…] *Ricardo Santos é escritor, editor e servidor público. Nasceu em Salvador e é formado em Jornalismo pela Uesb. Ele possui um blog e seus contos foram publicados em sites, coletâneas e revistas, como Somnium e Trasgo. Organizou a coletânea Estranha Bahia (EX! Editora, 2016; 2ª edição 2019), finalista do prêmio Argos. Também é autor do romance juvenil Um Jardim de Maravilhas e Pesadelos (2015) e do livro de viagens Homem com Mochila (2018). Seu mais recente livro é a coletânea Cyberpunk (Draco, 2019). […]
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[…] *Ricardo Santos é escritor, editor e servidor público. Nasceu em Salvador e é formado em Jornalismo pela Uesb. Ele possui um blog e seus contos foram publicados em sites, coletâneas e revistas, como Somnium e Trasgo. Organizou a coletânea Estranha Bahia (EX! Editora, 2016; 2ª edição 2019), finalista do prêmio Argos. Também é autor do romance juvenil Um Jardim de Maravilhas e Pesadelos (2015) e do livro de viagens Homem com Mochila (2018). Seu mais recente livro é a coletânea Cyberpunk (Draco, 2019). […]
[…] *Ricardo Santos é escritor, editor e servidor público. Nasceu em Salvador e é formado em Jornalismo pela Uesb. Ele possui um blog e seus contos foram publicados em sites, coletâneas e revistas, como Somnium e Trasgo. Organizou a coletânea Estranha Bahia (EX! Editora, 2016; 2ª edição 2019), finalista do prêmio Argos. Também é autor do romance juvenil Um Jardim de Maravilhas e Pesadelos (2015) e do livro de viagens Homem com Mochila (2018). Seu mais recente livro é a coletânea Cyberpunk (Draco, 2019). […]